São Paulo – Uma fila se formou em frente à confeitaria La Putaria, em Ipanema, zona sul do Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (3/6). O movimento ocorre dois dias após o Ministério da Justiça e Segurança Pública ter proibido o local de vender alimentos com formato de genitais para menores de 18 anos, e determinado a restrição de seu letreiro.
A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) determinou as restrições ao estabelecimento carioca e ao Ki Putaria, em Salvador (BA); o Assanhadxs Erotic Food, em São Paulo; e La Pirokita, em Maringá (PR).

Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) proibiu venda dos produtos para menores de 18 anosAline Massuca/Metrópoles

Clientes criticaram a decisão e acusaram "falso moralismo"Aline Massuca/Metrópoles

La Putaria, loja de doces em formatos fálicos no Rio de Janeiro, teve de restringir seu letreiroAline Massuca/Metrópoles

Filas se formaram no local após despacho do Ministério da JustiçaAline Massuca/Metrópoles

Despacho foi direcionado à loja carioca e mais três estabelecimentos, em São Paulo, Salvador e MaringáAline Massuca/Metrópoles

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Segundo o despacho, é preciso proteger os consumidores considerados “hipervulneráveis”. O descumprimento das regras, assim como a não apresentação de justificativa, causará multa diária de R$ 500.
Com isso, o La Putaria precisou remover seu letreiro. Clientes que visitaram o endereço hoje criticaram a proibição do Governo Federal.
Sergio Rodrigo, que havia acabado de comprar uma massa de crepe recheada em formato de pênis, falou ao Metrópoles: “Uma palhaçada isso, a gente precisa ter o direito de expressão. Infelizmente estamos assim hoje, não temos mais direito a nada”.
Já uma mulher, que escolheu um doce chamado Sugar Daddy, disse que o produto é “muito bom” e criticou o “falso moralismo” da decisão.
“Eu sou a favor da mulher empreendedora e sou contra o falso moralismo. Eu vi um monte de senhoras aqui, está todo mundo vindo, se divertindo. Acho bem importante para a cultura carioca uma coisa dessas. Proibir uma coisa que vai pagar imposto, gerar turismo. Eles fizeram uma propaganda contra que acabou ajudando”, afirmou a cliente.