Kit intubação: Saúde pede ajuda de indústrias de medicamentos
Governo federal informou, no entanto, que aquisição de medicamentos é responsabilidade do DF, dos estados e municípios
atualizado
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O governo federal vai realizar, segunda (22/3) e terça-feira (23/3), reuniões com representantes das indústrias de medicamentos para buscar soluções sobre a crise da escassez do chamado kit intubação.
Com o agravamento da pandemia de Covid-19, o país vive o “maior colapso sanitário e hospitalar da história”, segundo avaliação da Fiocruz. Faltam leitos de UTI e medicamentos para intubação de pacientes com a doença.
Em nota, a Secretaria Especial de Comunicação (Secom) e o Ministério da Saúde informaram que os encontros com as indústrias de medicamentos foram marcados para “para alerta e pedido de auxílio efetivo nas soluções emergenciais elaboradas com o intuito de salvar vidas”.
Durante o fim de semana, o governo federal adotou estratégias para evitar o desabastecimento, como requisição dos estoques excedentes das indústrias, aquisições internacionais via Opas e incremento da requisição de informações para harmonização de estoques e distribuição.
As pastas, no entanto, ressaltaram que a aquisição de medicamentos do kit intubação é de responsabilidade do Distrito Federal, dos estados e municípios.
“O Ministério da Saúde, em reforço às ações das unidades da Federação, monitora, de forma inovadora, toda a rede SUS, semanalmente, desde setembro de 2020, a disponibilidade em todo território nacional e envia informações da indústria e de distribuidores para que estados possam realizar a requisição.”
Em ofício encaminhado na quinta-feira (18/3) ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e ao Ministério da Saúde, 13 governadores cobraram do governo federal providências para a aquisição imediata de medicamentos do kit intubação.
De acordo com levantamento do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) feito entre 7 e 13 de março, 11 medicamentos estão em falta ou em baixa cobertura (estoque de 0 a 20 dias) em mais de 10 estados. Já em relação a bloqueadores musculares, 18 unidades federativas apresentam dificuldades.