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TRF-2 vai julgar conduta de Bretas por participar de evento com Bolsonaro

O juiz federal passou a ser investigado por “atos de caráter político-partidário” e de “superexposição e promoção”

atualizado

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MARCOS ARCOVERDE/ESTADAO CONTEUDO/AE
Marcelo Bretas
1 de 1 Marcelo Bretas - Foto: MARCOS ARCOVERDE/ESTADAO CONTEUDO/AE

O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) vai julgar a postura do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, por participar de eventos políticos ao lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e do prefeito do estado, Marcelo Crivella. A análise está marcada para a próxima quinta-feira (17/9).

Bretas começou a ser investigado em maio pelo TRF-2 por determinação do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins, que à época era corregedor nacional de Justiça.

Nesta semana, Bretas ordenou busca e apreensão na casa do filho de Humberto Martins, o advogado Eduardo Martins, investigado na Operação E$quema S, sob suspeita de ter recebido ao menos R$ 40 milhões para influenciar em decisões da Corte.

Em fevereiro, Bretas foi com o presidente e Crivella à inauguração de uma alça na Ponte Rio-Niterói e a uma festa evangélica na praia. A aparição do juiz no palanque de Bolsonaro causou polêmica: magistrados não podem se envolver em atividades político-partidárias.

Após o episódio, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) apresentou uma reclamação disciplinar ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra Bretas. Na sequência, Martins determinou a abertura de investigação contra o juiz do Rio por “atos de caráter político-partidário” e de “superexposição e promoção”.

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