Na sexta-feira (29/05), a delegada Christine Machado solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que prolongue o prazo que deu a corporação para concluir o caso. Na ocasião, o relator, ministro Celso de Mello, pediu a Aras que se manifestasse sobre o assunto.
O inquérito foi aberto pela Corte em abril, a pedido da PGR. Na ocasião, o então ministro da Justiça, Sergio Moro, anunciou a demissão do cargo afirmando que o chefe do Executivo interferiu na PF.
Entre as justificativas do ex-juiz estão: a demissão do então diretor-geral da corporação, Maurício Valeixo, e a insistência, à época, pela troca no comando da instituição no Rio de Janeiro.
Defesa do Judiciário independente
Na última terça-feira (26/05), em sessão virtual da Segunda Turma do STF, Celso de Mello havia feito um discurso sobre a importância da independência do Poder Judiciário na manutenção da democracia e da liberdade.
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Supremo Tribunal Federal, na Praça dos Três Poderes, em Brasília
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Celso de Mello
Ministro Celso de Mello se aposentou no STF em outubro de 2020. Ele estava na Corte desde 1989, quando foi nomeado pelo então presidente José Sarney
Nelson Jr./SCO/STF
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Plenário do Supremo Tribunal Federal
Carlos Moura/SCO/STF
Fachada STF
Fachada do STF
Vinícius Santa Rosa/ Metrópoles
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“Entendo, senhora presidente, que sem um Poder Judiciário independente, que repele injunções marginais e ofensivas ao postulado da separação dos Poderes e que buscam muitas vezes ilegitimamente controlar a atuação dos juízes e dos tribunais, jamais haverá cidadãos livres nem regime político fiel aos princípios e valores que consagram o primado da democracia”, disse o ministro.