metropoles.com

PF indicia 12 pessoas por fraudes em obras do Rodoanel

O processo corre sob sigilo. O inquérito foi enviado ao MPF que deverá decidir se investiga ou arquiva o processo

atualizado

Compartilhar notícia

Waldemir Barreto/Agência Senado
CMO – Comissv£o Mista de Planos, Orvßamentos Pv?blicos e Fisca
1 de 1 CMO – Comissv£o Mista de Planos, Orvßamentos Pv?blicos e Fisca - Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

A Polícia Federal em São Paulo indiciou 12 pessoas por desvio de dinheiro das obras do Rodoanel, trecho norte, em São Paulo. O processo corre sob sigilo e o nome dos indiciados não foi informado pela Polícia Federal. De acordo com informações divulgadas, entre os indiciados estaria Laurence Casagrande Lourenço, ex-presidente da Dersa – Desenvolvimento Rodoviário, empresa de infraestrutura viária do estado de São Paulo.

O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público Federal na última sexta-feira (20/7). O MPF deve agora decidir se faz uma denúncia à Justiça, se arquiva o processo ou se pedirá novas diligências.

O trecho norte do Rodoanel Mário Covas, previsto para ser inaugurado em 2019, terá 44 quilômetros de extensão no eixo principal, passando pelos municípios de São Paulo, Arujá e Guarulhos, e mantendo uma ligação exclusiva de 3,6 quilômetros com o Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Segundo a Dersa, o trajeto total tem 176,5 quilômetros no entorno da região metropolitana de São Paulo, servindo como interligação com as rodovias estaduais e federais e desviando grande parte do trânsito das Marginais Tietê e Pinheiros.

Operação
No dia 21 de junho de 2018, a PF deflagrou a Operação Pedra no Caminho, que investigou desvios de R$ 600 milhões das obras do rodoanel. Quatorze pessoas foram presas temporariamente na operação por fraude à licitação, estelionato contra o poder público, falsidade ideológica e associação criminosa. Entre os presos em junho, estava Laurence Casagrande Lourenço.

A investigação que resultou na Operação Pedra no Caminho teve início em 2016 a partir da denúncia de um ex-gerente de uma empreiteira. que alegou não concordar com os desvios de dinheiro e por esse motivo foi exonerado do cargo.

De acordo com o MPF, as fraudes, que envolveram desvios e superfaturamento, estão relacionadas a um convênio firmado entre a estatal estadual e a União, no valor de R$ 6,4 bilhões. A procuradoria estima que os desvios chegaram a R$ 600 milhões.

As empreiteiras agiam incluindo aditivos aos contratos para, por exemplo, remover formações rochosas, que teriam sido descobertas durante a terraplanagem. Porém, de acordo com a Polícia Federal, essas rochas já estavam previstas, inclusive em estudos geológicos da década de 1960.

Outra prática ilegal observada foi o jogo de planilhas: funcionários da Dersa confirmaram que partiu da diretoria da empresa a orientação para alterar as planilhas, diminuindo os valores de alguns serviços e elevando de outros com objetivo de reduzir suspeitas.

Por meio de nota, a Dersa informou que, “juntamente com o governo do estado, é a maior interessada na elucidação do caso. Havendo qualquer eventual prejuízo ao erário público, o estado adotará as medidas cabíveis, como já agiu em outras ocasiões”.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?