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Novo advogado de Cabral também deixa negociação de delação premiada

João Bernardo Kappen recebeu, há duas semanas, procuração para tentar acordo com MPF. Essa é a segunda baixa na defesa do ex-governador

atualizado

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Fabio Motta/Estadão
Sérgio Cabral - Metrópoles
1 de 1 Sérgio Cabral - Metrópoles - Foto: Fabio Motta/Estadão

Reviravolta na tentativa de o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (MDB) fechar um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF). O advogado João Bernardo Kappen, que recebeu há duas semanas procuração para representar o político nas tratativas a respeito da delação, informou ao jornal O Globo, na noite desse domingo (23/12), que está fora do caso.

Contudo, a reportagem não explica os motivos alegados por Kappen para abandonar a causa: disse apenas que outro escritório a assumirá. Essa é a segunda baixa na defesa do emedebista. Também no domingo (23), o advogado Rodrigo Roca, que representava Cabral desde meados de 2017, informou estar deixando o cliente, pois não concordava com os planos do ex-governador entrar para o rol de colaboradores do MPF.

Revelações bombásticas
Uma vez fechado o acordo, segundo a reportagem, Cabral promete revelar o envolvimento de integrantes do Judiciário e de ex-membros da cúpula do governo do Rio de Janeiro em casos de corrupção. O texto lembra que o ex-procurador-geral de Justiça do estado Cláudio Lopes chegou a ser preso, acusado de receber mesada para proteger o ex-governador: casos assim, espera-se, poderão ser detalhados em uma eventual delação de Sérgio Cabral.

Outra expectativa é de que ele confesse compra de votos para o Rio de Janeiro receber as Olimpíadas 2016: suspeita que é alvo do MPF na Operação Unfair Play, com Cabral na lista de réus no processo.

Condenado a penas que somadas chegam a quase 200 anos de prisão, Cabral pode ter progressão de regime diferenciado nos casos em que já foi condenado e redução de penas ou mesmo perdão em novos crimes sobre os quais confessar participação dentro da colaboração com os procuradores federais.

Por ora, Sérgio Cabral já mudou sua postura três vezes diante do Judiciário: primeiro negava participação em crimes; depois, confessou uso de caixa 2 em campanhas eleitorais; agora, fica em silêncio e negocia a delação – chegou a propor à força-tarefa da Lava Jato confissão de crimes em troca de prisão domiciliar, o que não prosperou, segundo a reportagem.

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