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Lava Jato acusa ex-presidente da Câmara Marco Maia de corrupção

Político teria recebido quase R$ 1 milhão em propina para fraudar os trabalhos da CPMI da Petrobras

atualizado

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EBC/Reprodução
marco maia
1 de 1 marco maia - Foto: EBC/Reprodução

O Ministério Público Federal (MPF), no âmbito da Operação Lava Jato no Paraná, denunciou o ex-deputado federal e ex-presidente da Câmara Marco Maia (PT-RS) por envolvimento em esquema de corrupção durante os trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras, no Congresso, em 2014.

Na mesma investigação, além de Marco Maia, foram denunciados os intermediários Luiz Gerber, José Carlos Tadeu Gago Lima e José Alves Capella Júnior, e o executivo da OAS Ramilton Lima Machado Júnior.

Como relator da CPMI, Marco Maia coordenava o colegiado que apurava os atos ilícitos cometidos em prejuízo da Petrobras. Segundo a denúncia, nessa função, o ex-deputado, com o auxílio do empresário Luiz Gerber, solicitou o pagamento de R$ 1 milhão em propina a Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS.

Além disso, o político ainda teria pedido a Júlio Gerin de Almeida Camargo, representante da Toyo Setal, o valor de R$ 500 mil, em contrapartida à sua atuação para evitar a convocação dos executivos para prestarem depoimento à CPMI e para elaborar o relatório final dos trabalhos da comissão sem a recomendação de seu indiciamento.

De acordo com as investigações, o valor solicitado a Léo Pinheiro foi pago por meio de entregas em espécie em um hotel de São Paulo. Entre os meses de julho e setembro de 2014, sob a responsabilidade de Ramilton Machado, a OAS fez dois pagamentos nos valores de R$ 400 mil e R$ 300 mil. As quantias foram recebidas, respectivamente, pelos empresários José Carlos e José Capella, em nome de Marco Maia.

Já o valor solicitado a Júlio Camargo foi recebido em espécie por Luiz Gerber no escritório do executivo da cidade de São Paulo. Do total da propina pedida por Marco Maia, foi feito o pagamento de R$ 200 mil mediante quatro repasses no valor de R$ 50 mil cada.

Léo Pinheiro e Júlio Camargo não foram denunciados pela Lava Jato, uma vez que atingiram o limite de pena previsto em acordo de colaboração.

Ainda segundo a denúncia, após receber os valores, Marco Maia elaborou o relatório final da CPMI da Petrobras sem indiciar os executivos Léo Pinheiro e Júlio Camargo pelos crimes cometidos no âmbito da estatal que foram descobertos pela Lava Jato.

No entanto, devido às fortes pressões populares e de outros parlamentares do Congresso, o ex-deputado retificou o relatório, incluindo o indiciamento dos empresários na versão final dos documentos.

Além das denúncias, o MPF ainda pediu a fixação de R$ 1,2 milhão como dano mínimo a ser reparado à Petrobras. O valor deverá ser pago de forma solidária, ou seja, a quantia será a mesma para todos os denunciados.

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