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Justiça do Rio bloqueia R$ 4 milhões em bens de Jorge Picciani

Também foram bloqueados R$ 2,28 milhões de seu filho, Felipe Picciani, e de duas empresas da família

atualizado

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Tania Rego/ AGENCIA BRASIL
Investigan una gran red corrupta en el sector de transporte de Río de Janeiro
1 de 1 Investigan una gran red corrupta en el sector de transporte de Río de Janeiro - Foto: Tania Rego/ AGENCIA BRASIL

A Justiça bloqueou nesta quinta-feira (8/3) R$ 4 milhões em bens de Jorge Picciani (MDB), presidente afastado da Assembleia Legislativa do Estado do Rio. Também foram bloqueados R$ 2,28 milhões de seu filho, Felipe Picciani, e de duas empresas da família. Pai e filho respondem por atos de improbidade administrativa e estão presos desde novembro do ano passado.

A juíza Ana Paula Gomes de Almeida, da 6ª Vara de Fazenda Pública da Capital, determinou o bloqueio com base em “fortes indícios da prática de atos de improbidade administrativa que causam danos ao erário”.

A empresa de agropecuária Agrobilara, de propriedade de Jorge Picciani e de seus filhos Leonardo Picciani, atual ministro do Esporte, e Rafael Picciani, deputado estadual pelo MDB-RJ, é citada nas investigações da Lava Jato no Rio.

Segundo delações premiadas, a Agrobilara lavou dinheiro de corrupção por meio da venda de vacas superfaturadas.

Os réus teriam usado a Agrobilara e também a Agrocopa entre 2014 e 2015. A primeira teve R$ 2,1 milhões bloqueados na decisão da 6ª Vara e a segunda, R$ 1,2 milhão. André Monteiro, sócio de Felipe Picciani na Agrocopa, teve dinheiro retido também, R$ 780 mil.

De acordo com a Procuradoria da República, o “principal propósito” das empresas era lavar dinheiro de corrupção. O esquema se comunica, conforme os procuradores, com o do ex-governador Sergio Cabral (MDB), preso desde novembro de 2016.

Então presidente da Alerj, Picciani foi preso sob a acusação de receber propina da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio (Fetranspor) entre os anos de 2010 e 2017. Ele teria ficado com R$ 77,2 milhões. O deputado teve pedido de prisão domiciliar negado pela Justiça Federal no mês passado.

A defesa de Jorge Picciani impetrou habeas corpus no Supremo Tribunal Federal, pedindo que ele deixe a cadeia de Benfica e siga para prisão domiciliar, por motivos de saúde. Segundo os advogados de Picciani, o político não pode ficar na cadeia porque recentemente foi submetido a uma “complicadíssima cirurgia, de quase dez horas”, em função de um câncer na bexiga.

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