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Justiça determina que Marcos Valério volte para presídio comum

Publicitário deve deixar prédio de associação, onde estava por benefício de sua delação. Razão da transferência não foi revelado

atualizado

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Samuel Costa/HOJE EM DIA/AE
Marcos Valério
1 de 1 Marcos Valério - Foto: Samuel Costa/HOJE EM DIA/AE

A Justiça de Minas Gerais determinou, nesta sexta-feira (21/9), que o publicitário Marcos Valério seja transferido da Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac) de Sete Lagoas (MG) para o presídio Nelson Hungria, em Contagem (MG). As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

De acordo com o advogado Jean Kobayashi, Marcos Valério deu entrada no presídio no fim desta tarde, mas a Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap) não confirma a transferência.

Na decisão, a juíza Marina Brant, da Vara de Execuções Penais da Comarca de Sete Lagoas, requisitou a transferência com urgência. “Recomendo, se possível, e por questões de segurança, que o apenado fique em máxima segurança e em cela individual até a Seap definir o local para onde irá destiná-lo”, escreveu a juíza.

Marcos Valério foi transferido para a Apac em julho do ano passado, como parte do acordo de delação firmado com a Polícia Federal. A Apac é conhecida por ter um ambiente de prisão mais humanizado e, na Nelson Hungria, onde estava antes, o publicitário relatou ter tido o punho quebrado por um agente penitenciário.

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais não deu informações sobre a transferência. A Seap informou ter sido notificada, mas também não divulgou as razões da medida. A defesa de Marcos Valério afirmou que ainda não teve conhecimento sobre o motivo da transferência.

Regalias ou ameaças?
Deputados da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais estiveram na Apac nesta semana para apurar se havia regalias para Marcos Valério no local, como saídas constantes.

Segundo Kobayashi, porém, a juíza pode ter concluído que Marcos Valério corria risco na Apac. Nesta semana, em depoimento à Polícia Civil, em outro acordo de delação, o publicitário afirmou ter sido extorquido e também mostrou marcas de uso de algemas apertadas.

Marcos Valério cumpre pena de 37 anos de prisão, por participação no Mensalão, desde 2015. Neste ano, foi condenado a mais 16 anos de prisão pelo Mensalão Tucano.

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