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Família de Marielle diz ao STJ que é contra federalização

Segundo a Defensoria Pública do Rio de Janeiro, “nenhuma esfera está totalmente isenta a interferências”

atualizado

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Renan Olaz/CMRJ
Marielle Franco assassinada rio de janeiro
1 de 1 Marielle Franco assassinada rio de janeiro - Foto: Renan Olaz/CMRJ

A Defensoria Pública do Rio de Janeiro protocolou nessa segunda-feira (06/01/2020), no Superior Tribunal de Justiça (STJ), petição com a manifestação das famílias de Marielle Franco e de Anderson Gomes em que é requerida a manutenção das investigações com o Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro.

O documento é uma resposta ao pedido de federalização do caso feito pela ex-procuradora-geral da República Raquel Dodge no fim de seu mandato, em setembro de 2019.

A Defensoria afirma, por meio de nota, que sustentou “a permanência das investigações na esfera estadual em razão da participação da família e do controle externo da apuração do caso já realizado pelo Ministério Público do Rio (MPRJ)”.

A ex-procuradora-geral da República alegou, ao anunciar o pedido de federalização, que há “ineficiência” na apuração pela esfera estadual.

Segundo a Defensoria, “nenhuma esfera está totalmente isenta a interferências”.

Brazão
Além disso, no dia do fim de seu mandato, também anunciou que solicitou a investigação do conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Rio Domingos Brazão como suspeito de ser mandante e o denunciou à Justiça por obstrução.

Marielle foi executada em março de 2018. Se aceito o pedido, será aberto um novo inquérito sobre Brazão. Caberá ao STJ decidir se o caso será deslocado.

Segundo a denúncia, Brazão se aliou a um dos funcionários de seu gabinete – Gilberto Ribeiro da Cost; ao PM Rodrigo Ferreira, o Ferreirinha; à advogada Camila Nogueira; e ao delegado da Polícia Federal Hélio Khristian.

O objetivo seria fazer as investigações em âmbito estadual “passarem longe dos reais autores do crime”.

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