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Fachin derruba sigilo das delações de ex-marqueteiros do PT

O casal João Santana e Mônica Moura, que está preso, trabalhou em campanhas de Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva

atualizado

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FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
OPERAÇÃO LAVA JATO
1 de 1 OPERAÇÃO LAVA JATO - Foto: FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato, determinou o fim do sigilo das delações premiadas do casal de marqueteiros João Santana e Mônica Moura. A dupla, que está presa, é investigada por suposto recebimento de dinheiro oriundo de caixa 2 por trabalhos em campanhas eleitorais dos ex-presidentes petistas Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com informações do G1, Fachin também encerrou o sigilo da delação de André Luis Reis Santana, funcionário do casal. Apesar disso, o documento com as declarações ainda não foi disponibilizado no sistema do STF.

A delação premiada, proposta pelos advogados de João Santana e Mônica Moura e aceita pelo Ministério Público Federal (MPF), foi homologada por Fachin em abril. O acordo tramita no STF, pois envolve autoridades que têm foro privilegiado, como ministros, deputados e senadores.

A força-tarefa da Lava Jato afirma que encontrou indícios de que Santana recebeu US$ 3 milhões de empresas off-shores ligadas à Odebrecht, de 2012 a 2013, e US$ 4,5 milhões do engenheiro Zwi Skornicki, de 2013 a 2014. A Polícia Federal e o MPF alegam que o dinheiro é fruto de propina de contratos na Petrobras.

O ex-marqueteiro do PT e a mulher confirmaram ao juiz federal Sérgio Moro que o pagamento de US$ 4,5 milhões feito pelo engenheiro Zwi Skornick é oriundo de caixa 2 da campanha presidencial de Dilma, em 2010.

Em fevereiro, o casal foi condenado por Moro por crime de lavagem de dinheiro no esquema de corrupção instalado na Petrobras. Ambos cumprem pena de oito anos e quatro meses em regime fechado.

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