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Capitão Augusto critica decisão do TSE sobre recursos a candidatos negros

O deputado afirmou que a medida é “antidemocrática” e vem “disfarçada de justiça social”. “Não combate o racismo. Pelo contrário”, disse

atualizado

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Valter Campanato/Agência Brasil
Imagem colorida mostra o deputado federal Capitão Augusto (PL-SP), homem branco vestido com uma farda da Polícia Militar, gravata preta e camisa branca - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra o deputado federal Capitão Augusto (PL-SP), homem branco vestido com uma farda da Polícia Militar, gravata preta e camisa branca - Metrópoles - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O deputado federal capitão Augusto (PL-SP) criticou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que aprovou, nessa terça-feira (26/8), a proporcionalidade de recursos e tempo de propaganda em rádio e TV para candidatos negros e brancos. Para ele, a medida é “antidemocrática” e vem “disfarçada de justiça social”.

“Disfarçada de ‘justiça social’, porém, a decisão é eugênica e antidemocrática. O primeiro quesito para um cargo eletivo deve ser o voluntariado. Não é saudável para a democracia, portanto, que metas sejam estabelecidas, separando os candidatos por gênero ou cor da pele”, afirmou o militar.

Pela decisão, 30% do total do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, recebido pelos partidos, devem ser destinados aos candidatos negros. Entre as mulheres, o percentual exigido é de 50%.

“A decisão do TSE não combate o racismo. Pelo contrário. Favorecer um determinado grupo ou raça é justamente a essência do preconceito”, afirmou o capitão Augusto.

No julgamento, o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, comemorou o resultado dizendo que “este é um momento muito importante na vida do tribunal e do país”. “Há momentos em que cada um precisa escolher de que lado da história deseja estar”, disse.

Mas, para o deputado, “as belas palavras de Barroso, então, postando-se como defensor da justiça, foram apenas cortina de fumaça”.

“A decisão do tribunal eleitoral não é nada além do cumprimento da agenda progressista, fragmentando a sociedade e tentando criar antagonismo; ignorando o fato que, em nosso país, independente de ascendência ou cor da pele, só temos uma raça: a brasileira”, finalizou.

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