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Justiça mantém prisão de PMs suspeitos de série de assassinatos em GO

Dez policiais militares foram presos durante operação; eles são suspeitos da morte de sete pessoas como “queima de arquivo”

atualizado

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Vinicius Schmidt/Metrópoles
Governador de Goiás Ronaldo Caiado prestigia comemoração do aniversário de 163 anos da Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO)
1 de 1 Governador de Goiás Ronaldo Caiado prestigia comemoração do aniversário de 163 anos da Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO) - Foto: Vinicius Schmidt/Metrópoles

Goiânia – Os dez policiais militares presos suspeitos de matar sete pessoas como queima de arquivo, para “limpar” morte de empresário, tiveram as prisões mantidas pelas Justiça, após audiência de custódia nessa quarta-feira (20/9). Eles foram presos durante a Operação Tesarac.

Os policiais são suspeitos de matar sete pessoas para se livrarem de provas relacionadas ao assassinato do empresário Fábio Alves Escobar Cavalcante, em 2021, em Anápolis, a 55 km de Goiânia. A motivação para o assassinato dele não foi informada.

Conforme documento do Ministério Público de Goiás (MPGO), para encobrir o crime foram mortos: Bruna Vitória Rabelo Tavares, Gabriel Santos Vital, Gustavo Lage Santana, Mikael Garcia de Faria, Bruno Chendes, Edivaldo Alves da Luz Junior e Daniel Douglas de Oliveira Alves.

Os policiais militares foram presos nessa terça-feira (19/9). Segundo a denúncia, uma testemunha chegou a dizer que o policial Glauko Olivio de Oliveira “plantou” uma arma de fogo, utilizada para matar Bruna Vitória Rabelo Tavares, com a finalidade de atribuir a autoria do homicídio dela aos outros amigos mortos na ocasião – Gabriel Santos Vital, Gustavo Lage Santana e Mikael Garcia de Faria.

Informações sobre a queima de arquivo

O grupo de policiais é suspeito também de coletar informações prévias sobre as vítimas, como fotografia da placa de carro e localização em tempo real. Eles faziam o monitoramento e tinham até equipamento de rastreamento eletrônico, que foi colocado no carro de uma das vítimas.

Segundo as conversas de Marco Aurélio Silva Santos, Thiago Marcelino Machado e Adriano Azevedo Souza, os policiais militares envolvidos executaram um dos confrontos no período noturno, horário em que a rua ficaria com menos movimento de pessoas e carros.

A denúncia apontou ainda que os policiais tinham movimentações bancárias incompatíveis com os rendimentos da Polícia Militar. Consta que Marcos Jesus Rodrigues movimentou cerca de R$ 6 milhões durante o período de 4 anos, enquanto que Almir Tomas de Aquino Moura movimentou R$ 5,8 milhões.

Veja quem são os PMs presos:

  • Glauko Olivio de Oliveira
  • Marcos Jesus Rodrigues
  • Almir Tomás de Aquino Moura
  • Erick Pereira da Silva
  • Thiago Marcelino Machado
  • Adriano Azevedo Souza
  • Wembleyson Azevedo Lopes
  • Jhonatan Ribeiro de Araújo
  • Marco Aurélio Silva Santos
  • Rodrigo Moraes Leal

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública, junto com outras as Forças de Segurança afirmou que “não compactua com nenhum tipo de desvio de conduta”.

A Corregedoria da PM-GO informou que abriu os os procedimentos legais cabíveis e o Em nota, o MP afirmou que acompanha a investigação e que aguarda a conclusão da apuração para as providências cabíveis à instituição.

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