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Jovens são condenados por torturar transexual até a morte em Goiás

Vítima de 21 anos foi espancada, em 2017, com pedaços de concreto e um amortecedor em Anápolis. Criminosos ainda tentaram matar testemunha

atualizado

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Reprodução/Facebook
Emanuelle transexual morta Goiás
1 de 1 Emanuelle transexual morta Goiás - Foto: Reprodução/Facebook

Goiânia – Quatro jovens foram condenados por espancar e apedrejar até a morte, a transexual Emanuelle Muniz Gomes, de 21 anos, até a morte, em Anápolis (GO), a 55 quilômetros da capital. As penas variam de 26 a 35 anos de prisão.

O tribunal do júri foi concluído nesta quarta-feira (21/7). O crime ocorreu há mais de quatro anos, na madrugada do dia 27 de fevereiro de 2017.

Foram condenados Daniel Lopes, de 24 anos, Sérgio Cesário Neto, 25 anos, Renivan Moisés, de 24 anos, e Márcio Machado, de 23 anos. Eles já estão presos preventivamente desde maio de 2017, quando foram capturados pela polícia.

Crime cruel

De acordo com a sentença, inicialmente os criminosos queriam roubar e estuprar Emanuelle, mas decidiram matá-la quando perceberam que ela era transexual.

“Pô, essa porra nem entregou o celular e ainda é homem, vamos matar essa porra!”, disse um dos bandidos no momento do crime, segundo a sentença.

Emanuelle foi levada até um lixão na rodovia BR-060, arrastada pelos cabelos. Ali começou uma sessão de tortura. A jovem foi agredida com o uso de paus, pedras, pedaços de concreto e um amortecedor.

Emanuelle transexual morta Goiás
Vítima ofereceu dinheiro para bandidas, mas mesmo assim foi torturada e morta

A vítima chegou a oferecer para os bandidos R$ 3 mil que teria em casa, mas ainda assim as agressões continuaram e ela foi morta.

Desespero

Além de matar Emanuelle, os bandidos ainda espancaram um homem que passava pelo local no momento do crime. Ele foi jogado desacordado sobre o corpo da transexual, mas sobreviveu e foi socorrido.

A própria mãe de Emanuelle é que encontrou o corpo da filha no dia seguinte ao crime. A vítima foi largada nua de bruços no lixão, com uma pedra sobre a cabeça. A testemunha que sobreviveu foi jogada por cima.

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