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“Jamais pediria o adiamento da vacinação”, diz Eduardo Leite

Governador gaúcho afirmou que ligou para Doria após pedido de ministro de Bolsonaro apenas por “preocupação” de novo impasse

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul
1 de 1 Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) negou nesta quinta-feira (18/11) que tenha pedido adiamento do início da campanha da vacinação ao governador de São Paulo, João Doria, em janeiro.

“Não pedi e nunca pediria que se adiasse vacinação no Brasil, jamais faria um pedido desta natureza para adiamento da vacinação”, afirmou o gaúcho, que se disse vítima de um ataque “injusto, imoral, antiético e oportunista”.

O episódio veio à tona na última quarta (17/11) quando, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Leite contou que, em janeiro, recebeu um telefonema do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Ramos, pedindo que o início da imunização contra a Covid-19 fosse atrasado em São Paulo. O telefonema ocorreu às vésperas do início da campanha, em 19 de janeiro.

Segundo Leite, ele ligou para Doria apenas para “relatar a conversa”, e não para pedir o adiamento. “O que fiz foi, a partir de um telefonema que recebi do ministro Luiz Ramos, fazer contato com o meu colega de partido para relatar aquela conversa, que nada mais era que um esforço de conciliação política para a vacinação no Brasil”, disse em coletiva nesta quinta.

“Naquele momento, havia remarcações, calendários mudando a todo instante, impasse sobre aquisição da Coronavac ou não no Brasil, e o impasse teve muito a ver com este estresse político por conta do uso excessivamente político da vacina e de outro lado, o negacionismo”, afirmou.

Assim, disse que ficou “preocupado que novamente estivéssemos diante de um novo impasse” após a ligação de Ramos, por isso conversou com o governador paulista, que negou adiar o início do processo de vacinação. “Eu dei razão a ele [Doria], para que desse o início daquela forma, e ali se esgotou o assunto. Jamais pediria o adiamento, suspensão de vacinação”, acrescentou.

Leite afirmou que tanto setores da esquerda quanto a campanha de seu opositor nas prévias do PSDB, Doria, se beneficiaram de “fake news” sobre esta conversa. “Acho que há de várias partes o aproveitamento político. Se a conversa só se deu entre mim e o governador de São Paulo, e não fui eu quem falou desta conversa, a gente sabe de quem ela pode ter vindo”, afirmou.

Entretanto, ele disse que tem “absoluta tranquilidade” sobre o que fez. “Eu agi no interesse público para que a vacina chegasse para todos e que nenhum tipo de interferência política viesse mais estressar uma relação que dificultava o avanço da vacinação no Brasil”, disse.

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