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Ipec diz receber com “muita tranquilidade” investigação sobre pesquisas

Anderson Torres, ministro da Justiça, pediu para que Polícia Federal investigue resultados discrepantes do primeiro turno

atualizado

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Ipec/Divulgação
ipec instituto de pesquisas
1 de 1 ipec instituto de pesquisas - Foto: Ipec/Divulgação

O instituto de pesquisas Ipec (antigo Ibope) se manifestou nesta terça-feira (4/10) sobre o pedido de investigação que o ministro da Justiça Anderson Torres encaminhou à Polícia Federal para apurar a atuação das empresas da área. A ofensiva de aliados de Jair Bolsonaro (PL) começou após a divergência entre as pesquisas e os resultado da apuração, no domingo (2/10).

Em nota, o Ipec afirma enxergar com “muita tranquilidade” os procedimentos, uma vez que “atua com valores e princípios éticos que pautam sua conduta empresarial e profissional, adotando padrões internacionalmente reconhecidos nos métodos utilizados em suas pesquisas”.  O instituto também ressalta a rastreabilidade dos dados coletados e diz seguir as determinações da legislação eleitoral fixadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“Além disso, o Ipec é associado à ABEP (Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa), que auto regulamenta a atividade de pesquisa no Brasil”, finaliza o pronunciamento.

Em entrevista ao Boletim Metrópoles desta terça-feira, a CEO do Ipec, Márcia Cavallari, afirmou que pedidos de investigação sempre acontecem e que “não tem o que esconder”. “O processo é totalmente transparente, não há nada o que temer em relação a isso”, disse.

O ministro da Justiça usou as redes sociais para explicar que o pedido atende a uma representação recebida pelo ministério, que apontou “condutas que, em tese, caracterizam a prática de crimes perpetrados”.

Leia a íntegra da nota divulgada pelo Ipec:

O Ipec vê com muita tranquilidade qualquer procedimento que vise dar transparência sobre seu trabalho, pois atua com valores e princípios éticos que pautam sua conduta empresarial e profissional, adotando padrões internacionalmente reconhecidos nos métodos utilizados em suas pesquisas. Além disso, o processo de execução das pesquisas realizadas pelo Ipec, incluindo as de intenção de voto, é rastreável, registrado eletronicamente da coleta do dado ao seu processamento, visando à integridade do dado coletado. Em se tratando das pesquisas eleitorais, o Ipec cumpre ainda as determinações da legislação eleitoral, cujo rigor e nível de informação disponibilizada para consulta a toda a sociedade através do site do TSE contribui anda mais com a lisura na realização deste tipo de pesquisa. Além disso, o Ipec é associado à ABEP (Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa), que auto regulamenta a atividade de pesquisa no Brasil.

Líder do governo na Câmara quer punir institutos

O líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), disse nessa segunda-feira (3/10) que vai apresentar um projeto de lei para criminalizar pesquisas eleitorais que indiquem resultados diferentes do que foi apurado nas urnas eletrônicas.

“Não dá mais para fazer pesquisa fria com tanto descaramento né? Tem que dar uma solução nisso. Eu vou apresentar um projeto de lei já amanhã, tornando crime pesquisas que publicadas não confiram com a urna além da margem de erro. Se diz que é uma técnica, é uma fotografia, então, a fotografia tem que ser verdadeira. Não tem cabimento uma pesquisa influenciando o eleitor porque, infelizmente, no Brasil, tem eleitor que não quer perder o voto”, defendeu o parlamentar.

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