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Indústria cresce 1,1% em outubro e fica acima do nível pré-pandemia

Em seis meses de recuperação, o setor acumula alta de 39% e, segundo o IBGE, já está 1,4% acima do patamar de fevereiro

atualizado

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1 de 1 indústria - Foto: Pixabay

A produção industrial cresceu pelo sexto mês seguido em outubro e avançou 1,1% na comparação com setembro. Com a alta acumulada de 39% em seis meses, o setor está 1,4% acima do patamar de fevereiro, antes do início da pandemia de Covid-19. Ainda assim, o resultado de janeiro a outubro  é negativo em 6,3%. Em 12 meses, a queda é 5,6%. Em relação a outubro de 2019, indústria registrou alta de 0,3%, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta quarta-feira, 2, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o gerente da pesquisa, André Macedo, o crescimento de outubro refletiu um comportamento diferente dos últimos meses, quando os avanços eram disseminados entre os ramos. Desta vez, 15 dos 26 ramos pesquisados mostraram alta, contra 22 das 26 de setembro. Na comparação com o nível recorde de produção, alcançado em maio de 2011, a indústria ainda está 14,9% abaixo do pico.

Entre as atividades, a influência mais relevante para o resultado da indústria em outubro foi de veículos automotores, reboques e carrocerias, com alta de 4,7%. Muito prejudicado nos meses críticos da pandemia, o ramo acumulou expansão de 1.075,8% nos últimos seis meses, mas ainda assim está 9,1% abaixo do patamar de fevereiro. “As perdas foram muito acentuadas em março e abril”, ressalta Macedo.

Também tiveram alta os segmentos de metalurgia (3,1%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (4,5%), máquinas e equipamentos (2,2%), produtos de metal (2,8%), couro, artigos para viagem e calçados (5,7%), produtos de minerais não metálicos (2,3%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (5,0%) e produtos de borracha e de material plástico (2,1%).

Entre as 11 atividades que tiveram queda, os principais impactos negativos foram de produtos alimentícios (-2,8%), que vinha de três meses seguidos de alta, e indústrias extrativas (-2,4%), no segundo mês de queda seguido, acumulando perda de 7,0%.

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