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Homem que perdeu globo ocular em ato relata problema no outro olho

Daniel Campelo, de 51 anos, compareceu ao Quartel do Derby nesta quarta-feira (23/6) para prestar depoimento sobre o caso

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ARTHUR SOUZA/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Daniel Campelo, 51 anos, perdeu a visão após ser atingido por uma bala de borracha durante manifestação anti-Bolsonaro em Recife (PE)
1 de 1 Daniel Campelo, 51 anos, perdeu a visão após ser atingido por uma bala de borracha durante manifestação anti-Bolsonaro em Recife (PE) - Foto: ARTHUR SOUZA/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O adesivador de táxis Daniel Campelo (foto em destaque), de 51 anos, que perdeu a visão do olho esquerdo em um ato pró-Bolsonaro, no Recife, revelou que está com dificuldade de enxergar do outro olho.

“Eu estou com dificuldade, com a visão embaçada. […] Um olho eu não enxergo porque não tem mais olho, foi retirado na cirurgia. O outro, eu estou com dificuldade de visibilidade”, disse o adesivador no Quartel do Derby, nesta quarta-feira (23/6). De acordo com o portal G1, ele compareceu para prestar depoimento dentro do inquérito policial militar que apura a operação do último dia 29.

Em julho, Daniel deve retornar à Fundação Altino Ventura para outra consulta sobre o olho. Ele também contou que sente dores nas costas, na perna e na cabeça, onde foi atingido por uma bala de borracha.

“Eu não tenho condições de trabalho nenhuma. Eu não estou me sentindo bem, tenho dificuldade de me deslocar, de andar. […] De vez em quando volta, você tem pesadelo. Fogos, você se assusta”, declarou.

Além de Daniel, o arrumador de contêiner Jonas Correia, de 29 anos, também esteve no local para prestar depoimento. Ele também foi ferido por bala de borracha no olho.

A Polícia Civil comanda investigação sobre o caso. Dezesseis policiais militares foram afastados.

Em 14 de junho, Daniel prestou depoimento à Polícia Civil, mas ainda não fez exame no Instituto de Medicina Legal (IML), marcado para 28 de junho. Diante de mais um depoimento, o adesivador de táxis afirmou que espera que a Justiça seja feita.

“O que eu espero que Justiça seja feita. […] Nós precisamos da Polícia Militar para proteger os cidadãos de bem, não para acontecer aquilo que aconteceu. Foi um erro generalizado”, disse.

Relembre o caso

Durante o protesto pacífico, que aconteceu em 29 de maio, em Recife (PE), a polícia militar usou balas de borracha, gás lacrimogêneo e spray de pimenta para dispersar os manifestantes.

Daniel Campelo da Silva foi alvo de uma bala de borracha que atingiu seu olho esquerdo. Ele nem sequer participava da manifestação, e havia ido ao centro da cidade para comprar adesivos de carros, já que trabalha com o material.

Além de Daniel, outras duas pessoas também deram entrada no Hospital da Restauração: Jonas Correia de França e Ednaldo Pereira de Lima. Jonas também foi atingido no olho, enquanto Ednaldo em uma das pernas.

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