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Haitiana denuncia agressão de PM e injúria racial de vizinhos em GO

Câmeras flagraram o momento em que o policial golpeia a mulher com um ‘mata-leão”; mulher diz vizinhos a chamaram de “preta imunda”

atualizado

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Reprodução/Tv Anhanguera
goias haitiana abordagem policial
1 de 1 goias haitiana abordagem policial - Foto: Reprodução/Tv Anhanguera

GoiâniaUma haitiana denunciou que foi chamada de “preta imunda” por um vizinho e agredida por um policial militar após uma reclamação pelo volume do som, no município de Anápolis, a 55 km da capital goiana. Câmeras de segurança flagraram o momento em que o PM chuta o portão da casa da mulher e, em seguida, lhe aplica um “mata-leão” e a algema. O caso deve ser investigado pela Polícia Civil de Goiás (PCGO).

O fato aconteceu na noite da última sexta-feira (12/7). Myrlouse Pierre, de 33 anos, registrou o caso por meio de um termo de declaração no 4º Batalhão da Polícia Militar e informou que deve formalizar uma ocorrência na PCGO contra a ação da PM.

“O mesmo policial que pegou pelo pescoço falou: ‘Não, eu não sou seu amigo. Eu não podia te pegar assim, me desculpa’. Eu falei que não tinha desculpa e que vou processar”, disse a haitiana à TV Anhanguera/Globo.

Briga por som alto

Segundo a mulher, a situação começou quando um vizinho chamou a polícia em razão do volume do som da casa dela e que estaria perturbando o sossego. Ela conta que, com a chegada da corporação, os vizinhos saíram das casas. Myrlouse relata que o denunciante a ofendeu na frentes dos policiais, que não fizeram nada, e que a esposa deste homem a empurrou.

Ele disse ‘Sua negra imunda o que você está fazendo aqui? Vai para o seu país’, pensei: ‘nossa, na frente do PM, está me xingando desse jeito?’. O PM não fez nada“, contou a haitiana à emissora.

Também à TV, a vendedora Jardel Dias, que aparece nas imagens empurrando Myrlouse, afirmou que queria realmente agredir a haitiana, mas nega que tenha sido preconceituosa. “Confesso, mas não compensa sujar as mãos com uma pessoa dessas. Ela estava bêbada. Eu falei sim que se ela estivesse se sentindo incomodada que voltasse para o país dela. Momento algum eu fui preconceituosa porque eu me sinto negra”, disse a mulher.

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Implicância

O dono do imóvel onde Myrlouse mora informou ainda que, no momento da ocorrência, não havia barulho que incomodasse e que os vizinhos são “implicados com ela”.

“Eles são implicados com ela, que até o cachorro deles é chamado de haitiano”, contou Fernando Pereira, proprietário do local.

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