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Governadores pedem a Bolsonaro compra de 54 milhões de doses da Coronavac

Caso o governo federal não consiga adquirir as vacinas, o mandatário do Piauí pede que os estados possam negociar diretamente com Butantan

atualizado

Michael Melo/Metrópoles
Wellington Dias_Consórcio Nordeste

O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), enviou um ofício ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pedindo que o governo federal compre todos os imunizantes contra a Covid-19 produzidos pelo Instituto Butantan.

“Solicito ao Governo Federal celebração de contrato de compra firme do total de vacinas produzidas pelo Instituto Butantan, assim como o estabelecimento de acordo visando à apresentação do cronograma para a entrega das próximas doses, o que possibilitaria aos estados e municípios maior capacidade de planejamento na vacinação”, diz o ofício.

O governo de São Paulo informou na quarta-feira (27/1) que ofereceu mais 54 milhões de doses da Coronavac ao governo federal há cerca de duas semanas, mas ainda não obteve resposta.

Sem retorno, o Instituto Butantan vai fechar contratos com outros países da América Latina que demonstraram interesse no imunizante. O primeiro da fila é o Chile.

Ao Metrópoles, o diretor do Butantan, Dimas Covas, afirmou que o contrato com o governo federal é de apenas 46 milhões de doses até abril e que, com a chegada dos insumos, será possível produzir mais essas 54 milhões de doses. Mas, como há conversas com outros países, a vacina vai para quem manifestar interesse.

Wellington Dias solicita ainda que, caso o governo federal não consiga adquirir as doses da vacina, os estados possam realizar a compra diretamente.

“Caso não seja possível confirmar a aquisição federal dos referidos imunizantes, pleiteio que seja viabilizada a opção de compra por parte dos estados brasileiros, conforme anteriormente aventado”, assinalou.

O documento foi encaminhado na noite de quinta-feira (28/1) pelo mandatário do Piauí, que é presidente do Fórum Nacional de Governadores.

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Orçamento da Saúde

O fórum também manifestou preocupação com as dificuldades financeiras enfrentadas pelo Ministério da Saúde, cujo orçamento atual sofreu redução de R$ 43 bilhões em relação ao ano de 2020. Para auxiliar, ele pede que seja mantida a proporção de receitas correspondentes ao exercício de 2019.

“A medida justifica-se, especialmente, devido ao contínuo aumento de despesas relativas a internações de pacientes com Covid-19, medicamentos e insumos diversos utilizados no combate à atual pandemia.”

Veja a íntegra do ofício:






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