Goiás: jovem morta após cair de jet ski não usava colete, diz polícia
Deys Muniz, 22 anos, andava na moto aquática com empresário e amiga, quando caiu na água e se afogou em lago particular de Santa Tereza (GO)
atualizado
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Goiânia – A jovem Deys Muniz Borges Amaral, de 22 anos, estava sem colete salva-vidas no momento em que caiu de um jet ski e se afogou no último domingo (13/3). O acidente aconteceu na represa de uma propriedade particular em Santa Tereza de Goiás, região norte do estado.
“Se tivesse colete, não afundava, só isso”, comentou o delegado André Medeiros ao Metrópoles. O corpo de Deys foi achado na manhã de segunda por uma equipe de bombeiros, em uma profundidade de cinco metros. A jovem era de Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia.
De acordo com o investigador, testemunhas relataram que um empresário pilotava a moto aquática com duas mulheres, Deys e uma amiga dela. O veículo tinha capacidade para três pessoas, mas ninguém usava coletes, conforme a polícia.
“Houve negligência do piloto da moto aquática, que não pediu para as meninas botarem o colete. Como piloto da moto, ele deveria exigir o equipamento obrigatório”, explicou o delegado. Além disso, o empresário não teria autorização para pilotar o veículo aquático, segundo o delegado.
Diferentes depoimentos
Conforme testemunhas ouvidas pela polícia, o empresário e o filho passavam o final de semana na propriedade rural na companhia das duas mulheres. Eles passaram o dia juntos no sábado, dormiram no local e domingo saíram para almoçar. O acidente aconteceu durante a tarde, quando voltaram do almoço.
O empresário relatou à polícia que pilotava o jet ski com as duas jovens e, quando chegou a determinado ponto da represa, resolveram tirar a roupa e ficar apenas com roupas de banho. Nesse momento, Deys teria se desequilibrado e caído na água. Ela não sabia nadar e afundou.
Já a amiga da jovem contou, em depoimento, que as duas já estavam de biquíni no início do passeio e o acidente teria ocorrido no momento em que o empresário resolveu tirar o short.
Família revoltada
Familiares da jovem estão revoltados com a situação e pedem justiça. Uma parente ouvida pela reportagem, que preferiu não se identificar, disse que a família demorou a ser comunicada do afogamento.
“Isso aconteceu por volta das 17h no domingo e só ficamos sabendo na segunda-feira às 7h. Tivemos que fazer uma vaquinha nas redes sociais para conseguir o dinheiro para trazer o corpo dela de volta, somos de Trindade. Só queremos saber o que realmente aconteceu com ela”, declarou a familiar de Deys.
O acidente é investigado pela Polícia Civil da cidade de Porangatu (GO). O local do afogamento passou por perícia. Caso seja comprovada a negligência, o empresário, que não teve o nome divulgado, pode responder por homicídio culposo, sem a intenção de matar.