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Goiânia: MPGO denuncia aluna que ateou fogo a colega dentro de escola

Denúncia foi por tentativa de homicídio qualificada. Agressora disse à PM que colega teria criticado seu bronzeamento e por isso ela reagiu

atualizado

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Reprodução/PMGO
Estudante joga fogo em outra colégio goias (1)
1 de 1 Estudante joga fogo em outra colégio goias (1) - Foto: Reprodução/PMGO

Goiânia – O Ministério Público de Goiás (MPGO) denunciou, por tentativa de homicídio qualificada, a estudante Islane Pereira Saraiva Xavier, de 19 anos, por tentar matar uma colega de 17 anos colocando fogo nela dentro de uma escola estadual na capital goiana.

O caso aconteceu no último dia 31 de março. A vítima teve entre 40% e 49% do corpo queimado com lesões de até 3º grau (inicialmente se divulgou 70%).

Conforme a denúncia da última quinta-feira (14/4), assinada pelo promotor de Justiça Cláudio Braga Lima, a agressora foi denunciada pelo crime praticado envolver fogo, o que “causou sofrimento desnecessário e prolongado à vítima, configurando meio cruel”.

Além disso, o MPGO entendeu que houve emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, já que a adolescente foi surpreendida na fila do lanche.

O promotor ainda considerou que o crime foi torpe, pois “derivou de uma perversidade exacerbada e repugnante da denunciada, com a desprezível justificativa de acreditar que a vítima tecera comentários negativos a sua pessoa”.

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Agressão

À polícia, a agressora, que está presa, disse que a vítima era responsável por fazer comentários zombando da forma como se bronzeava. No entanto, testemunhas disseram que as duas, apesar de estudarem na mesma sala, não tinham nenhum contato próximo.

Conforme a denúncia do Ministério Público, a vítima não teve tempo para qualquer reação e as chamas se espalharam pelo corpo dela rapidamente. “Frente à dor aguda, a vítima desesperada começou a perambular pelo recinto, debatendo-se”, diz o documento.

“Neste contexto estudantil, a denunciada imbuiu-se de raiva após presumir que algumas estudantes teriam criticado a forma como se bronzeava, acreditando ser a vítima a culpada”, aponta a denúncia assinada pelo promotor Cláudio Braga Lima.

Além da condenação, o promotor pediu que a Justiça determine o pagamento de uma indenização pelos danos causados à vítima.

Tentativa de homicídio

Na última terça-feira (12/4), Islane foi indiciada por tentativa de homicídio, com as qualificadoras de fogo, motivo fútil e dificuldade de defesa da vítima.

A vítima teve queimaduras de 1° e 2° graus em cerca de 70% do corpo. De acordo com o Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), para onde ela foi levada pelo Corpo de Bombeiros. O Metrópoles não obteve retorno sobre o estado de saúde atualizado da jovem até o fechamento desta matéria.

Silêncio

Ao Metrópoles, a delegada Marcella Orçai, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), informou que a agressora permaneceu em silêncio durante interrogatório, mas afirmou que planejou matar a vítima com o fogo e as facas. De acordo com a investigadora, elas estudavam na mesma classe, porém, não eram amigas.

Conforme a Polícia Civil, a estudante que ateou fogo na colega não possui antecedentes criminais. Ela foi indiciada por tentativa de homicídio triplamente qualificado: fogo, motivo fútil e dificuldade de defesa da vítima.

Ainda de acordo com Orçai, apesar de ter alegado que a motivação do crime foi bullying “no inquérito não há ninguém que presenciou tal fato ou que tenha ouvido falar de rixa entre as duas”, disse ela.

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