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Goiânia: drones são usados para flagrar desrespeito à Lei Seca da Covid-19

Equipamentos possibilitam análise aérea em raio de 8 Km e ajudaram a identificar bar clandestino nos fundos de uma loja e festas ilegais

atualizado

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Reprodução/Central Covid da Prefeitura de Goiânia
Fiscalização flagra bar clandestino em Goiânia
1 de 1 Fiscalização flagra bar clandestino em Goiânia - Foto: Reprodução/Central Covid da Prefeitura de Goiânia

Goiânia – O trabalho de fiscalização feito em Goiânia (GO) desde a semana passada, quando regras da Lei Seca passaram novamente a valer na cidade, agora em razão do avanço da pandemia de Covid-19, foi aprimorado neste ano de 202 e começou a utilizar drones para identificar aglomerações. Segundo o diretor de Fiscalização da Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma), Diego Moura, o equipamento permite uma análise aérea em um raio de até 8 quilômetros.

Quando as equipes param em determinado local para fazerem a vistoria ou autuação de um estabelecimento comercial, os técnicos que operam os drones aproveitam para realizar o sobrevoo da região e identificar novos casos suspeitos de descumprimento das regras estabelecidas. A concentração de carros, geralmente, é o que indica a possibilidade de aglomeração em algum local próximo.

 

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Os drones possibilitaram a descoberta, por exemplo, de um bar clandestino lotado, disfarçado nos fundos de uma loja de roupas no Setor Marista, área nobre na região sul da capital goiana.

No Parque Amazônia, outro bairro da região, o dono de uma distribuidora alugou uma casa ao lado da loja e montou uma estrutura de bar nos fundos para seguir vendendo bebidas – e após o horário permitido.

Imagens de um vídeo institucional, cedidas pela Central Covid da Prefeitura de Goiânia ao Metrópoles, mostram parte das ações dos fiscais pelas ruas da capital no último final de semana.

Confira:

Regras próprias

Para servir para todo o estado de Goiás, o governador Ronaldo Caiado (DEM) publicou um decreto que estabelece regras rigorosas relacionadas com atividades comerciais, principalmente no período noturno, para tentar frear o avanço da disseminação do novo coronavírus. No entanto, cada município tem a prerrogativa de definir suas próprias regras, adaptando-as à realidade e à necessidade de cada localidade.

O decreto assinado pelo prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), está valendo desde a última quinta-feira (28/1). Ele estabelece que distribuidoras de bebidas e lojas de conveniência devem ser fechadas às 20h e bares, restaurantes e afins devem funcionar somente até as 23h, com a observação de que onde tem música ao vivo e som alto o silêncio deve ser estabelecido a partir das 22h.

Até então, a Central Covid, grupo formado por representantes de diversas frentes da fiscalização do município, incluindo Polícia Militar e Guarda Civil Metropolitana (GCM), vistoriaram 300 estabelecimentos em Goiânia e 43 deles foram autuados por estarem fora das regras da Lei Seca ou dos protocolos de segurança e distanciamento. Além disso, cinco festas clandestinas foram identificadas e canceladas em uma semana.

“O segmento de bares e restaurantes acatou e seguiu os protocolos e horários estabelecidos. Tivemos dificuldade com o segmento de distribuidoras de bebidas. A maior parte dos casos de autuação foi desse grupo. Teve caso que notificamos e, duas horas, depois ele abriu novamente. Voltamos ao local e ele foi autuado”, conta Diego Moura. O diretor da Amma entende que o ideal é que as pessoas se conscientizem dos riscos de aglomerações no atual período.

Multa de R$ 5 mil

O Sindicato dos Bares e Restaurantes chegou a tentar derrubar na Justiça o decreto da Lei Seca em Goiânia, mas não teve o pedido acatado. A multa aplicada é de R$ 5 mil, podendo dobrar em situação de reincidência. Além disso, o proprietário pode ser responsabilizado na esfera criminal. Os fiscais estão nas ruas diariamente, mas o trabalho é reforçado a partir da sexta-feira de cada fim de semana.

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