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Gleisi Hoffmann consta como morta e com nome “Bolsonaro” no SUS

Cadastro da presidente do PT teria sido hackeado. Deputada pode ter dificuldades para receber a 2ª dose da vacina contra Covid

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Gleisi Hoffmann
1 de 1 Gleisi Hoffmann - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, teve o seu cadastro no Sistema Único de Saúde (SUS) hackeado. Agora, os registros mostram que a deputada já teria morrido. Por conta disso, ela pode ter dificuldades para receber a segunda dose da vacina contra a Covid-19. A informação foi divulgada pela Folha de S. Paulo e confirmada pela assessoria da deputada ao Metrópoles.

Gleisi Hoffmann tomou a primeira dose da vacina no último dia 25, em um posto de vacinação em Brasília. Já neste terça-feira (13/7), profissionais de saúde entraram em contato para informá-la que tinha sido dado baixa no cadastro dela. A deputada também soube que no sistema ela constava como morta. Agora, Gleisi precisa provar que está viva para reativar o cadastro.

Ao lado do nome completo da petista aparece o nome “Bolsonaro”, como um suposto apelido.

De acordo com a assessoria, “foi encaminhado um documento solicitando ao Ministério da Saúde” que faça a correção dos dados de Gleisi no sistema do SUS. “Está sendo estudado que outras medidas podem ser tomadas”.

gleisi nova

A deputada pediu ajuda do deputado Alexandre Padilha (PT-SP), ex-ministro da Saúde no governo de Dilma Rousseff (PT-RS). Ele teria dito à colega que o site da pasta já sofreu uma série de ataques hackers e que a alteração no cadastro dela pode ter alguma relação com isso.

Ao Metrópoles, o deputado Alexandre Padilha explicou que a alteração cadastral nos dados de Gleisi Hoffmann pode ter relação com um vazamento de dados em novembro do ano passado, que levou à exposição informações de ao menos 16 milhões de brasileiros.

“Provavelmente isso aconteceu nesse episódio de 2019, que nós denunciamos à época, eu fiz inclusive um protocolo para o Tribunal de Contas da União. O Idec [Instituto de Defesa do Consumidor] entrou junto ao MPF para investigar esse vazamento de dados da Saúde, mudanças nos cadastros do cartão SUS, e aparentemente feito por consultores contratados por acordo do Ministério da Saúde com o Hospital Albert Einstein”, afirma.

O parlamentar se refere ao vazamento de dados de ao menos 16 milhões de brasileiros que tiveram diagnóstico suspeito, confirmado ou foram internados com Covid-19. Na ocasião, dados pessoais e médicos expostos na internet durante quase um mês por causa de um vazamento de senhas de sistemas do Ministério da Saúde.

Entre as pessoas que tiveram a privacidade violada, com exposição de informações como CPF, endereço, telefone e doenças pré-existentes, estão o presidente Jair Bolsonaro e familiares; o na época ministro da Saúde, Eduardo Pazuello; outros seis titulares de ministérios, como Onyx Lorenzoni e Damares Alves; o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e mais 16 governadores, além dos ex-presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Ataques hacker

Em fevereiro deste ano, a rede do Ministério da Saúde foi invadida por hackers, mas não houve vazamento de informações. Na ocasião, o hacker chegou a pedir: “Arrumem esse site porco”.

Já em novembro de 2020, a pasta identificou a presença de um vírus em algumas estações de trabalho e teve que bloquear o acesso dos funcionários ao sistema para evitar sua a propagação.

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