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Gleisi diz que Campos Neto quer “dar lição ao governo que ele sabota”

Presidente do PT, Gleisi Hoffmann reagiu à fala de Campos Neto. Ele disse que país tem “um monte de ministros” e nenhum para digitalização

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
Gleisi Hoffmann sob fundo preto - Metrópoles
1 de 1 Gleisi Hoffmann sob fundo preto - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), reagiu nesta terça-feira (30/4) a comentários sobre o governo feitos pelo presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. Na segunda-feira (29/4) em São Paulo, ao defender o avanço da digitalização no Brasil, Campos Neto afirmou que o governo Lula (PT) não tem nenhum ministro voltado para o tema. A fala ocorreu em evento do Insper.

“Com a digitalização, a gente consegue fazer muita coisa. Às vezes, as pessoas me perguntam: o que você acha estranho [no Brasil]? Por exemplo, a gente tem um monte de ministros e não tem um ministro digital. Quem é a pessoa que está olhando para digitalizar programas de governo?”, disse ele.

Hoje, o governo possui 38 ministérios. A pasta responsável pela digitalização dos serviços públicos é o Ministério da Gestão e da Inovação (MGI).

Gleisi respondeu ao chefe da autoridade monetária pelas redes sociais. Ela escreveu: “Não satisfeito em submeter o país à maior taxa de juros do planeta, Campos Neto agora quer dar lição ao governo que ele sabota. Diz que há ministros demais, como se não fosse ele o que está sobrando, porque foi nomeado pelo ex-presidente que perdeu a eleição. E acha que tem autoridade para falar sobre política digital”.

Em seguida, a presidente do PT afirmou que Campos Neto “mantém a taxa Selic em absurdos dois dígitos” e pratica “um crime contra o Brasil”. “Quanto mais se aproxima o fim de seu mandato, mais irresponsável fica, assumindo que é um político, e aposta contra o país”, concluiu ela.

Campos Neto preside o BC desde o governo Jair Bolsonaro (PL). Escolhido pelo ex-ministro da Economia Paulo Guedes, ele tem mandato até 31 de dezembro de 2024.

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Com a lei de autonomia do Banco Central, de 2021, este é o primeiro governo que convive com uma diretoria não totalmente indicada pelo presidente da República eleito.

Isso porque a legislação estabeleceu que os mandatos do presidente e dos diretores do BC têm duração de quatro anos, com início no dia 1º de janeiro do terceiro ano de mandato do presidente da República.

Ao longo de 2023, em ofensiva para a queda da Selic, Lula chegou a dizer que Campos Neto teria “compromisso com o outro governo [do ex-presidente Bolsonaro]”.

Com aproximação intermediada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Campos Neto se reuniu algumas vezes com Lula no segundo semestre e participou de um jantar de confraternização oferecido pelo presidente na Granja do Torto, em dezembro.

Para 2024, um novo ponto de embate entre Campos Neto e o PT gira em torno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 65/2023, que muda o regime jurídico e amplia a autonomia da instituição.

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