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Garotinho e Rosinha são presos após TJ derrubar habeas corpus

De acordo com o porteiro do edifício onde mora o casal, ocorreu um culto religioso no apartamento deles horas antes da prisão

atualizado

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IAN CHEIBUB/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO
PF prende Anthony e Rosinha Garotinho
1 de 1 PF prende Anthony e Rosinha Garotinho - Foto: IAN CHEIBUB/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO

Agentes do Serviço de Polícia Interestadual (Polinter), ligados à Polícia Civil, entraram às 5h51 desta quarta-feira (30/10/2019) no prédio na Rua Buarque de Macedo, na esquina da Praia do Flamengo, na Zona Sul do Rio, onde Anthony e Rosinha Garotinho moram, para cumprir os mandados de prisão. O casal foi detido às 6h30. A 2ª Câmara Criminal do  Tribunal de Justiça do Rio derrubou, nessa terça-feira (29/10/2019), a liminar que concedeu um habeas corpus aos ex-governadores.

De acordo com o porteiro do edifício, o andar do apartamento de Garotinho é o segundo. Ele disse ainda que ocorreu, até o começo da madrugada, um culto religioso na casa dele. Esta é a quinta vez que o Garotinho é preso e a terceira de Rosinha. O casal segue para a Cidade da Polícia e, depois, para o Instituto Médico Legal (IML).

O ex-governador será levado para a Cadeira Publica José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte, e Rosinha segue para a cadeia Feminina Nelson Hungria, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste.

Garotinho e Rosinha são investigados por superfaturamento em contratos celebrados entre a Prefeitura de Campos, no Norte fluminense, e a construtora Odebrecht, para a construção de casas populares dos programas Morar Feliz I e Morar Feliz II durante os dois mandatos de Rosinha como prefeita (2009/2016).

Os ex-governadores chegaram a ser presos em uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência, órgãos vinculados ao Ministério Público do estado, no dia 3 de setembro deste ano. Menos de 24 horas depois, a decisão foi revogada pelo desembargador Siro Darlan, plantonista do Tribunal de Justiça.

Entenda a acusação

A ação é baseada na delação premiada de dois executivos da Odebrecht homologadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Leandro Andrade Azevedo e Benedicto Barbosa da Silva Junior afirmaram que a construtora foi favorecida em concorrências superfaturadas avaliadas em R$ 1 bilhão para construção de cerca de 10 mil moradias. De acordo com o MPRJ, o superfaturamento nos contratos foi da ordem de R$ 50 milhões.

As investigações apontam que houve o recebimento do valor de R$ 25 milhões em vantagens indevidas pagos pela Odebrecht a título de propina, enquanto a prefeitura amargava prejuízos de, no mínimo, R$ 62 milhões em razão do superfaturamento das obras, que não chegaram a ser concluídas.

“Bolinho”, “bolinha” e “pescador”

Após a deflagração da operação que prendeu os ex-governadores no início de setembro, o Ministério Público do Estado do Rio afirmou que o Garotinho figurava na planilha de pagamentos de propina da Odebrecht com os apelidos de “bolinho”, “bolinha” e “pescador”. A empresa contava com um sistema próprio, em um de seus departamentos, que controlava, por meio de planilhas, a entrega de vantagens indevidas. Nela, além de apelidos, havia valores pagos e outras referências.

Na época, os procuradores informaram que a prisão preventiva dos acusados se justifica em função da possibilidade de haver coação de testemunhas e recolhimento de provas e por conta da influência de ambos no município de Campos.

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