Ganhador da Mega abriu empresa, mas deixou negócio para se aposentar
Jonas Alves começou uma empresa de ferramentas com dois amigos, mas deixou o negócio em junho deste ano para “se aposentar”.
atualizado

Jonas Lucas Alves, ganhador da Mega-Sena assassinado em São Paulo, tinha uma vida simples e poucos amigos. O homem foi encontrado com sinais de espancamento na última quarta-feira (14/9), em Hortolândia (SP), depois de ficar 20 horas sob poder de bandidos. Ele chegou a ser levado a um hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Em entrevista coletiva, a delegada Julia Ricci, da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Piracicaba, afirmou que Jonas usou parte dos R$ 47,1 milhões do prêmio para abrir uma empresa de ferramentas com os amigos.
Os ex-sócios foram ouvidos na sexta-feira (17/9) pelas autoridades. Em entrevista ao portal G1, a delegada informou que Jonas deixou a empresa formalmente em junho deste ano para “se aposentar”.
“Eles continuaram extremamente amigos, só deixaram de ser sócios. Eles tinham imóveis de veraneio próximos. Todo o dinheiro do negócio do Jonas, quem capitalizou a empresa foi ele. Ele só deixou o negócio porque não tinha interesse em trabalhar, nem precisava mais disso”, afirmou.

Jonas mantinha hábitos simples e morava na mesma casa, mesmo após se tornar milionário Reprodução de TV

Caso é investigado pela Delegacia de Hortolândia, com apoio do Deic de Piracicaba Reprodução de TV

Loteria onde Jonas ganhou prêmio de R$ 47,1 milhões da Mega-Sena Reprodução de TV

Jonas foi encontrado na alça da Rodovia SO 348, na altura do Jardim São Pedro, com ferimentos Reprodução de TV

Jonas Lucas Alves Dias, ganhador da Mega-Sena, foi espancado e morto em Hortolândia, no interior de São Paulo Reprodução/Facebook

Ganhador da Mega morto em SP Reprodução/Redes sociais
Investigações
De acordo com a investigadora, os criminosos conheciam a rotina da vítima e as condições financeiras do vencedor da Mega-Sena. No entanto, ainda não é possível afirmar se o crime foi praticado por uma quadrilha organizada.
“Não foi uma coisa casual. A gente trabalha com essa linha de não ter sido uma situação casual. Sabiam quem era ele, sabiam a rotina dele e sabiam que ele tinha uma condição financeira muito privilegiada. Agora, falar que foi uma quadrilha, não posso falar”, concluiu.
O caso foi registrado como extorsão seguida de morte e é investigado pela Delegacia de Hortolândia, com apoio do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de Piracicaba.
Jonas teve R$ 20 mil roubados da conta e o cartão de débito levado pelos suspeitos. Os criminosos também teriam tentado sacar R$ 3 milhões da conta bancária de Jonas, sem sucesso.