Fotos: igreja ficou destruída após ataque que matou pastora em Goiás
Jovem pelado atacou pastora e fiel com barra de ferro. Irmão da igreja tentou usar cadeiras de plástico como escudo, que foram destruídas
atualizado
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Goiânia – O cenário dentro da igreja Assembleia de Deus no Residencial Kátia, na região sudoeste da capital de Goiás, é de destruição, depois que uma pastora e um fiel foram atacados por um jovem pelado em aparente surto, no final da madrugada desta sexta-feira (14/1).
Durante o ataque, a pastora Odete Rosalina Machado da Costa, de 79 anos, foi assassinada na porta da igreja com golpes de uma barra metálica na cabeça. Ela é mãe do cantor gospel Delino Marçal, de 35 anos, ganhador do Grammy Latino Melhor Álbum de Música Cristã em Língua Portuguesa de 2019.

Pastora foi morta na porta de igreja de Goiânia Material cedido ao Metrópoles

Morte de pastora gerou comoção Material cedido ao Metrópoles

Sinal de destruição após morte de pastora em Goiânia Material cedido ao Metrópoles

Fiéis entraram em luta corporal com suspeito Material cedido ao Metrópoles

Local ficou destruído após passagem de suspeito que matou pastora na porta Material cedido ao Metrópoles

Cadeiras de plástico foram quebradas durante confusão Material cedido ao Metrópoles

Igreja virou cenário de filme de horror Reprodução

Pastora Odete Rosalina, assassinada na porta da igreja em Goiânia Reprodução/redes sociais

Delino Marçal e a mãe dele, Odete Rosalina, pastora assassinada com golpes de ferro em Goiânia, Goiás Reprodução: Instagram

Fiéis e familiares na porta da igreja onde pastora Odete Rosalina foi assassinada em Goiânia (GO) Vinícius Schmidt/Metrópoles
Odete e um fiel da igreja, de 44 anos, estavam fazendo uma reunião de oração a portas fechadas, quando foram interrompidos por Matheus Macaubas Lima Santos, de 22 anos. Totalmente nu, ele gritava na porta da igreja por uma pessoa chamada “José”.
Como a entrada dele não foi permitida, o jovem pelado chutou o portão, pulou o muro, quebrou uma porta de vidro e uma outra porta de metal, segundo depoimentos. Já dentro da igreja, ele usou uma haste da porta de metal como arma e disse que ia matar a pastora e o fiel.
Sai pra lá
De acordo com depoimento para a polícia, os dois então teriam começado a fazer uma oração em voz alta. Em resposta, Matheus teria dito:
“Sai pra lá crente de Satanás”.
O homem pelado então começou a tentar acertar os dois com golpes. O fiel da igreja, de 44 anos, tentou se proteger utilizando cadeiras de plástico como escudo. Todas foram quebradas com os golpes da haste de ferro.
Fotos do interior da igreja mostram essas cadeiras quebradas espalhadas pelo chão.
O fiel da igreja conseguiu correr até uma casa de familiares da pastora e pediu socorro. A pastora até conseguiu fugir, mas foi atingida com pelo menos três golpes na cabeça. Ela caiu na calçada em frente à igreja.
Morte na calçada
A pastora ficou caída no chão, com a cabeça muito machucada e sangrando. Ela ainda respirava e tentava falar alguma coisa, segundo uma testemunha. Outro depoente diz que ela dizia coisas desconexas. Após alguns minutos, Odete morreu ali mesmo, caída em frente ao templo, no colo de uma das filhas que chegou em meio à confusão.
O Corpo de Bombeiros chegou logo em seguida, mas já era tarde. O óbito da religiosa foi constatado.
Matheus foi preso por uma equipe da polícia militar a cerca de 1 km do local do crime. Ele foi levado para a Central de Flagrantes e em seguida para a Casa de Prisão Provisória (CPP), no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.
O homicídio está sendo investigado pelo delegado André Veloso, da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios de Goiânia (DIH). Agentes da polícia procuram por imagens de câmeras de segurança na região do ataque.
A Polícia Civil vai pedir uma avaliação psiquiátrica do autor. Conforme informações que a família passou aos policiais, ele seria usuário de drogas e teria distúrbios psiquiátricos. Recentemente, o jovem teria passado uma temporada internado em uma clínica de psiquiatria.
O Metrópoles não conseguiu contato com nenhum representante da defesa do suspeito.