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Forças Armadas pedem ao TSE que libere documentos sobre eleições

Em ofício encaminhado ao ministro Edson Fachin, o Ministério da Defesa pede divulgação de todos os questionamentos feitos ao TSE

atualizado

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1 de 1 urna - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recebeu, nesta quinta-feira (5/5), ofício do ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, com pedido para que sejam divulgados todos os questionamentos sobre as eleições deste ano feitos pelas Forças Armadas. O ato é endereçado ao presidente da Corte Eleitoral, Edson Fachin.

As indagações estão em cinco ofícios enviados pelo general de Divisão do Exército Heber Garcia Portella, integrante da Comissão de Transparência Eleitoral do TSE. As informações foram publicadas pelo portal Uol e confirmadas pelo Metrópoles.

No ano passado, o TSE apresentou 700 páginas de respostas aos questionamentos das Forças Armadas sobre o processo eleitoral. No entanto, o Ministério da Defesa cobra agora a divulgação de documento enviado em fevereiro deste ano.

O pedido ocorre no mesmo momento em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem afirmado, com frequência, que a Corte deve atender às sugestões das Forças Armadas enviadas à Justiça Eleitoral. Segundo o chefe do Executivo federal, as ideias dos militares precisam ser acolhidas “para o bem de todos”.

Em fevereiro deste ano, Bolsonaro já disse que as Forças Armadas são as “fiadoras” do processo eleitoral.

“Sala secreta”

Durante evento pela “liberdade de expressão”, realizado no Palácio do Planalto, em 27 de abril, o presidente afirmou que os militares apresentaram sugestões ao TSE para uma espécie de apuração paralela. Na mesma cerimônia, disse que é preciso existir uma maneira para “se confiar nas eleições”.

“Como os dados vêm pela internet para cá, e há um cabo que alimenta a sala secreta do TSE, uma das sugestões é que, nesse mesmo duto que alimenta a sala secreta, seja feita uma ramificação um pouquinho à direita, para que tenhamos do lado um computador das Forças Armadas, para contar os votos no Brasil”, disse.

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