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FAB alega questões operacionais para não transportar coração para transplante

Sem entrar em detalhes, a Força Aérea destacou que, no acordo de cooperação com o Ministério da Saúde, cabe a ela gerenciar o tráfego aéreo

atualizado

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A Força Aérea Brasileira (FAB) divulgou hoje (11) nota em que alega “questões operacionais” para não ter atendido ao pedido de transporte de um coração para transplante, no dia 1º de janeiro. O órgão sairia de Minas Gerais para Brasília. O paciente, um menino que está internado na capital, continua à espera de um novo coração.

“No dia 1º de janeiro, a FAB não atendeu ao pedido por questões operacionais”, diz a nota da instituição.

Sem entrar em detalhes sobre as questões operacionais, a Força Aérea destacou que, no acordo de cooperação com o Ministério da Saúde, cabe a ela gerenciar o tráfego aéreo dando prioridade ao transporte do órgão a ser transplantado, além de fazer o transporte de órgãos, quando for possível.

“Além dessas atribuições, a FAB realiza o transporte de órgãos em aproveitamento de missões militares, de acordo com a disponibilidade e considerando aspectos operacionais, como distância e a existência de aeródromos adequados, por exemplo”. Além de aviões da FAB, órgãos para transplante também podem ser transportados – com prioridade – em aviões comerciais, conforme acordo de cooperação do Ministério da Saúde com a Secretaria de Aviação Civil.

No comunicado, a instituição militar destacou que tem auxiliado e transportado órgãos para transplante sempre que possível. “Em 2015, a FAB realizou 42 missões de transporte de pacientes e órgãos em todo o país. No ano passado, somente na região de Brasília foram transportados seis corações para transplante”.

Para ser bem-sucedido, um transplante de coração precisa de uma logística rápida. O tempo entre a retirada do órgão do doador e a implantação no receptor não pode ultrapassar cinco horas. O menino de Brasília está internado no Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF). De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, a família do paciente não autorizou a instituição a divulgar nome, idade, quadro clínico ou qualquer outra informação sobre a criança.

O hospital não soube informar se o menino vai demorar para receber outra oportunidade de transplante. A cirurgia depende de variáveis como a disponibilidade de um coração compatível e a localização do doador.

O ICDF frisou, no entanto, que o Distrito Federal recebe órgãos para transplante com mais facilidade, por estar localizado no centro do Brasil. No ano passado, entre 30% a 40% dos órgãos transplantados pelo hospital vieram de fora do DF.

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