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Ex-militar da Marinha está entre os 23 mortos na ação da Vila Cruzeiro

Douglas Costa Inácio Donato, 23, deixou a Marinha em fevereiro de 2021; antes de morrer, trabalhava em uma loja de sapatos, dizem parentes

atualizado

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Daniele Dutra/Metrópoles
Ex-militar Vila Cruzeiro
1 de 1 Ex-militar Vila Cruzeiro - Foto: Daniele Dutra/Metrópoles

Rio de Janeiro – A operação policial na Vila Cruzeiro, zona norte do Rio, deixou 23 mortos na comunidade após trabalho conjunto da Polícia Militar, Federal e da Polícia Rodoviária Federal, nessa terça-feira (24/5). Um deles era ex-militar, segundo parentes.

Douglas Costa Inácio Donato, de 23 anos, saiu da Marinha do Brasil após três anos de serviços, conta seu pai. A Marinha confirmou ao Metrópoles que o rapaz deixou a instituição em fevereiro de 2021.

Neste ano, o jovem teria começado a trabalhar em uma loja de sapatos como vendedor e fazia curso de vigilante.

Segundo conhecidos, Douglas era trabalhador e foi morto quando voltava para casa de uma festa de família: “Achamos ele jogado, ao lado da moto. Levaram a apostila dele de vigilante e todos os pertences. Chegamos a levá-lo para o Getúlio Vargas, mas ele já chegou morto”, disse o feirante Luís Cláudio Inácio Donato, 44, pai do rapaz, ao Metrópoles.

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Douglas é nascido e criado na Vila Cruzeiro, tinha um filho de 2 meses e reformava a casa para morar com a esposa e o bebê.

Ele foi baleado por volta de 12h: “Era um filho ótimo, todo mundo gostava dele. Estamos arrasados, ainda mais porque era trabalhador, guerreiro. Muito triste, eles acham que todo mundo é bandido e fazem o que querem” disse o pai da vítima.

Luís Cláudio ainda relata que colocaram uma camiseta da PM no filho baleado.

Inicialmente, foi informado que o número de mortos da operação era 25, mas nesta quinta-feira (26/5), a Polícia Civil enviou uma nota dizendo que seriam 23 vítimas:

“A Polícia Civil informa que 23 corpos deram entrada no Instituto Médico Legal (IML) decorrentes da operação na comunidade Vila Cruzeiro. Outros três mortos que chegaram ao local vieram de uma ocorrência da comunidade do Juramento. Segundo o Instituto Médico Legal, dos 23 corpos, 22 já foram identificados e um aguarda confirmação oficial” diz um trecho da nota.

Dos 23, 18 já foram liberados pelo IML e cinco aguardam liberação: “Em todos os corpos foram realizados exames de necropsia e de papiloscopia para confirmar as identificações e esclarecer as circunstâncias das mortes.
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) instaurou inquéritos e está a cargo das investigações, que estão em andamento”.

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