O ex-diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) Ricardo Galvão foi anunciado nesta quarta-feira (16/11) como integrante do grupo de trabalho (GT) do Gabinete de Transição. Galvão vai compor o GT de Ciência, Tecnologia e Inovação, ao lado de outros 11 nomes.
Ele foi demitido do Inpe em agosto de 2019, após desavenças com o presidente Jair Bolsonaro (PL) em razão da divulgação de dados que mostravam o crescimento do desmatamento na Amazônia.
Ricardo Galvão é doutor em física, professor da Universidade de São Paulo (USP) e membro da Academia Brasileira de Ciências. Além do Inpe, ele também foi diretor do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF).
O cientista se filiou à Rede neste ano, a convite de Marina Silva, e disputou o cargo de deputado federal por São Paulo, não sendo eleito. Informalmente, Galvão já foi sondado pelo PT para assumir o Ministério da Ciência e Tecnologia.
O nome de Galvão foi apresentado nesta quarta pelo vice-presidente eleito e coordenador da transição, Geraldo Alckmin (PSB). Outras dezenas de nomes foram anunciados para 16 grupos técnicos da transição. O anúncio foi feito na sede do gabinete de transição, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) de Brasília.
Além de Galvão, também há outros desafetos de Bolsonaro, como a médica Ludhmila Hajjar, que foi convidada a ocupar o Ministério da Saúde durante a pandemia de Covid-19, mas não aceitou devido à forma como o presidente estava administrando a crise.
Também foi escolhido para compor os grupos de trabalho Cristiano Zanin, advogado do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que fará parte do grupo de Justiça e Segurança Pública.