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Mulher do embaixador da Grécia é presa pelo assassinato do marido

Justiça decretou a prisão temporária (por 30 dias) para Françoise de Souza Oliveira e dos outros dois envolvidos no homicídio do diplomata

atualizado

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Reprodução/Facebook
Mulher embaixador
1 de 1 Mulher embaixador - Foto: Reprodução/Facebook

O Brasil se surpreendeu com a morte do embaixador da Grécia, Kyriakos Amiridis, 59 anos. A história do diplomata – que teria desaparecido na última segunda-feira (26/12) e foi encontrado morto, na quinta (29), carbonizado, dentro de um carro – sofreu uma reviravolta.

Agora, a esposa de Amiridis, Françoise de Souza Oliveira, 40, é a principal acusada de ter sido a mandante do crime e teve a prisão temporária (por 30 dias) decretada pela Justiça na noite de sexta (31/12).

Além de Françoise, o policial militar Sérgio Gomes Moreira Filho (amante da embaixatriz), 29, que teria cometido o assassinato, também está detido. Agentes levaram para a carceragem o primo do PM, Eduardo Moreira Tedeschi, 24. Segundo as investigações, ele participou do homicídio.

De acordo com o delegado Evaristo Pontes Magalhães, da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense, Françoise ofereceu R$ 80 mil a um dos cúmplices do assassinato do marido, Eduardo Tedeschi, para que ele entrasse no plano de execução de Amiridis.

Magalhães informou que os três se reuniram dias antes para planejar como seria o crime e o dinheiro seria dado a Tedeschi 30 dias após o assassinato, pois, dessa forma, acreditavam que já teria dado um prazo satisfatório para que não fossem culpados pelo ato.

O delegado ainda explicou a dinâmica do crime, ocorrido na segunda-feira (26). De acordo com os depoimentos, Françoise, saiu de casa com a filha, como forma de criar um álibi, enquanto Eduardo, 24, e Sérgio, 29, foram até o local e mataram o embaixador.

Eduardo ficou vigiando do lado de fora e Sérgio cometeu o assassinato dentro da residência onde o casal passava férias em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro. No entanto, não há informações de como Kyriakos morreu, pois o policial militar alegou que os dois tiveram uma luta corporal e ele teria agido em legítima defesa. A polícia, contudo, nega que isso tenha sido possível, pois o embaixador já era um senhor de idade.

Depois do crime, a embaixatriz chegou do shopping com a filha, 10 anos, a colocou para dormir e foi até a sala. Segundo Eduardo, ela se assustou em ainda ver o corpo no local e retornou para o quarto. O cadáver foi enrolado em um tapete e colocado no carro alugado pelo próprio embaixador.

Na madrugada do dia seguinte, Sérgio levou o veículo para debaixo de um viaduto em Nova Iguaçu e ateou fogo. Mais uma vez, Eduardo ficou vigiando para evitar que alguém os abordasse. O corpo do embaixador foi encontrado carbonizado nesta quinta (29), dentro do automóvel.

Nota do Itamaraty
Em nota, o governo brasileiro diz que “lamenta a morte do embaixador extraordinário e plenipotenciário da República Helênica no Brasil, Kyriakos Amiridis, e expressa seus mais profundos sentimentos a seus familiares e amigos, ao povo e ao governo da Grécia.”

O embaixador Amiridis servia no Brasil pela segunda vez. À frente da embaixada grega em Brasília desde janeiro deste ano, vinha realizando intenso trabalho para o aprofundamento das relações entre os dois países

Itamaraty

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