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Entrega de vacinas para São Paulo será discutida por técnicos

Informação foi dada nesta sexta-feira pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e pelo secretário de Saúde de SP, Jean Gorinchteyn

atualizado

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Arthur Menescal/Especial Metrópoles
Minsitro da Saúde Marcelo Queiroga
1 de 1 Minsitro da Saúde Marcelo Queiroga - Foto: Arthur Menescal/Especial Metrópoles

Em conversa com a imprensa na tarde desta sexta-feira (6/8), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, afirmaram que as áreas técnicas federal e estadual estudarão a diferença de doses de vacinas contra a Covid-19 entregues à região.

A informação foi compartilhada após uma longa reunião entre os gestores na sede do Ministério da Saúde. A agenda ocorre dois dias depois de o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), acusar a pasta de enviar 50% a menos de doses da Pfizer ao estado.

Doria afirmou que uma carga com 228 mil doses Pfizer deveria ter sido entregue na última terça (3/8), mas foi reduzida à metade sem justificativa. Por outro lado, o Ministério da Saúde defendeu que a redução ocorreu porque o estado teria recebido unidades extras da vacina Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan.

Por isso, a pasta entendeu que seria necessário reduzir o número de unidades da Pfizer entregues a São Paulo, a fim compensar as doses extras coletadas no Instituto Butantan. Nesta sexta, Queiroga e Gorinchteyn disseram que, apesar das opiniões divergentes, as áreas técnicas federal e estadual estudarão os dados para “chegar a um denominador comum”.

“Imediatamente foi aberto um pleito para as áreas técnicas fazerem uma avaliação mais efetiva entre as partes, para que, se realmente aconteceu essa divergência em relação a São Paulo, haja uma reposição dessas doses de uma forma gradual, a fim de não impactar o processo de vacinação”, explicou Gorinchteyn.

De acordo com Queiroga, os números apontam que o estado de São Paulo “seja devedor do Programa Nacional de Imunização”. No entanto, a situação só será esclarecida após a análise dos dados.

“Lá atrás, estava sendo entendido que as vacinas do Butantan não precisavam ir para o Centro de Logística do Ministério da Saúde para depois serem distribuídas a São Paulo. Em função disso, aponta-se que há uma recepção maior dessas doses pelo estado”, explicou o ministro.

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Mudança de metodologia

Outra razão pela divergência entre é a mudança de metodologia na entrega de doses aos estados. Queiroga explicou que, no início da campanha de vacinação, a imunização era realizada por grupos prioritários, como profissionais da saúde, idosos e pessoas com comorbidades.

Agora, a imunização ocorre por faixa etária. Por isso, a quantidade de doses enviadas aos estados sofreu alterações.

“Naquele momento, existia um público-alvo, que eram os idosos, profissionais de saúde e pessoas com comorbidades. Nós já atingimos essa população. E a partir daí se mudou a metodologia, passou-se a vacinar por faixa etária. Em função disso, esses denominadores mudaram e é por isso que há essa divergência”, explicou o ministro.

Gorinchteyn disse que não foi alertado sobre a mudança na metodologia.

“Sobre todas as informações de diminuição de doses que seriam dadas, em nenhum momento foi considerado o prazo que aconteceria nem o percentual que se faria. Dessa forma, fomos tomados de surpresa. Viemos aqui para que nós não tivéssemos o quantitativo de 228 mil doses a menos dentro desse processo de vacinação”, assinalou o secretário de Saúde.

Judicialização

Gorinchteyn também afirmou que não será necessário levar a questão à Justiça. O governador de São Paulo, João Doria, disse que iria entrar com uma ação contra o governo federal ainda nesta semana para pleitear as vacinas.

“O momento é de discussão absolutamente entre dois técnicos, que trazem uma preocupação única, que é a contenção da pandemia no país. Estamos chegando a tratativas cordiais para que isso não venha a ser necessário caso esses números estejam divergentes”, afirmou o secretário.

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