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Entidades e diretores do BC pedem que Haddad apoie pauta de servidores

Entidades e dois diretores do Banco Central (BC) se reuniram nesta quarta-feira (7/2) com o ministro Fernando Haddad para tratar de demandas

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Diogo Zacarias/MF
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1 de 1 53514893508_8bd566e04d_c - Foto: Diogo Zacarias/MF

Entidades representativas dos servidores do Banco Central (BC) e dois diretores da instituição se reuniram, na manhã desta quarta-feira (7/2), com o ministro Fernando Haddad (Fazenda) para pedir apoio à pauta de valorização e modernização da carreira de especialista da autarquia.

Da cúpula do BC, estavam presentes os diretores Rodrigo Alves Teixeira (Diretoria de Administração) e Gabriel Galípolo (Diretoria de Política Monetária), ambos indicados pelo governo Lula.

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O presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Fábio Faiad, disse que as entidades foram pedir o apoio de Haddad à pauta.

“A gente foi pedir para o ministro o apoio para a nossa pauta. Ele falou que vai reler a pauta com carinho. A priori, [o ministro] disse que apoia e deve mandar mensagem de apoio para a ministra Esther Dweck”, afirmou Faiad após o encontro.

Também presente na reunião, a presidente da Associação Nacional dos Analistas do Banco Central do Brasil (ANBCB), Natacha Gadelha Rocha, afirmou que a reunião foi relevante para mostrar mais uma vez ao ministro “as crescentes assimetrias da carreira de especialista e as graves consequências, tanto nas entregas do BC para a sociedade, como na evasão de servidores com anos de experiência”.

“O ministro se mostrou sensibilizado e reconheceu que é necessária uma solução, demonstrando atenção para a pauta reivindicatória de curto prazo e reafirmando que entende o BC como importante carreira econômica”, disse Natacha.

Além dos representantes do Sinal e da ANBCB, estava presente o presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos do Banco Central do Brasil (SINDTBACEN), Diego Rodrigues Aredes.

Nesta quinta-feira (8/2), às 14h30, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) terá uma reunião com os servidores do BC em uma mesa específica de negociação. Se não houver proposta, o indicativo é de radicalização do movimento grevista. Quem participa dessa reunião é o secretário de Relações de Trabalho do MGI, José Lopez Feijóo, auxiliar da ministra Esther Dweck. O diretor Rodrigo Alves Teixeira também participa.

“A expectativa da categoria é que seja apresentada uma proposta compatível, que mitigue ao máximo as assimetrias vigentes”, afirmou a presidente da Associação dos Analistas.

Na reunião anterior, no final de 2023, as entidades deixaram claro que o que foi apresentando como estudo preliminar é insuficiente. Também há queixas sobre acordos com outras categorias, que teriam aumentado as assimetrias.

Greve

Nos últimos meses, a categoria acirrou a mobilização com a realização de atos e a ampliação da operação padrão. A greve de servidores da autarquia adiou a divulgação do boletim Focus pela segunda semana seguida — o relatório também foi divulgado com atraso na semana passada. Há ainda impactos para projetos estratégicos como o Pix Automático e Drex, a moeda digital.

As principais demandas são a reestruturação da carreira e o pagamento do bônus de produtividade.

Concurso público

O governo autorizou para este ano o primeiro concurso público do BC desde 2013. O edital foi lançado no dia 16 de janeiro, com oferta 100 vagas para analista, nas especialidades de economia e finanças (50) e de tecnologia da informação (50). A remuneração mensal é de R$ 20.924,80.

Os futuros servidores precisam ter diploma, devidamente registrado, de conclusão de nível superior em qualquer área de formação, fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC).

A banca responsável pela organização do certame é o Cebraspe.

A abertura do concurso não atende no todo as reivindicações dos servidores, mas a entrada de novos funcionários deverá ajudar a desafogar o fluxo de trabalho.

Nos últimos meses, segundo servidores, funcionários públicos deixaram o BC para integrar organismos internacionais, empresas privadas e outros órgãos públicos que oferecem remuneração maior, em um movimento que ficou conhecido como Drexit, em referência ao Brexit, como ficou conhecida a saída do Reino Unido da União Europeia.

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