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Empresários e advogados dominam candidaturas nas eleições 2018

Profissões foram as mais declaradas por candidatos nos registros computados pela Justiça Eleitoral

atualizado

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Close-up of businessman wearing black suit with a gray tie
1 de 1 Close-up of businessman wearing black suit with a gray tie - Foto: iStock

Empresário e advogado são as duas profissões mais recorrentes entre os candidatos registrados pela Justiça eleitoral para o pleito de 2018. Dos 27.566 registros computados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até o fim da tarde de sexta-feira (17/8), 2.835 eram de empresários, enquanto 1.741 foram apresentados por advogados. Sozinhas, as duas categorias representam 16,6% do total de candidaturas.

Os dados apresentam aumento em relação às eleições de 2014, quando 2.125 postulantes trabalhavam no exercício do direito e 1.263 atuavam na gestão de empresas. Àquela época, advogados e empresários também foram as ocupações mais citadas. Há quatro anos, o número final de candidatos também foi menor: 22.384 tentaram cargos eletivos.

O grupo dos advogados inclui o presidenciável Ciro Gomes (PDT), formado em direito pela Universidade Federal do Ceará em 1962, além do candidato a vice-presidente na chapa de João Goulart Filho (PPL), Léo da Silva Alves. Entre os postulantes a governos estaduais, são 20 advogados. Incluindo, Ibaneis Rocha (MDB), que tem o maior patrimônio entre os 11 candidatos na disputa pelo Executivo no Distrito Federal: R$ 93,7 milhões.

No conjunto dos que se declararam empresários, estão o candidato à Presidência Eymael (DC), e o vice na chapa de Henrique Meirelles (MDB) ao Palácio do Planalto, o ex-governador do Rio Grande do Sul Germano Rigotto (MDB).

Ao todo, 214 profissões foram declaradas pelos candidatos ao pleito de 2018. Entre os cargos no ranking dos mais citados, aparecem ainda deputado (1.134), vereador (936), comerciante (935), professor de ensino médio (759), servidor público estadual (706) e médico (666).

Professores e policiais
A classe dos professores também tem demonstrado força no número de candidaturas de 2018. Somados os postulantes que declararam lecionar ao ensino fundamental (426), ao ensino médio (759), ao ensino superior (402) e a entidades de formação profissional (111), a categoria soma 1.698 candidaturas.

Os dados fornecidos pelo TSE mostram ainda aumento no número de candidaturas por policiais ao pleito deste ano. São 590 de membros da Polícia Militar em 2018, contra 502 em 2014 — aumento de 17,5% –; e 184 de agentes da Polícia Civil, aumento de 27% em relação aos 144 integrantes da categoria que participaram do pleito quatro anos atrás.

No Distrito Federal, são 23 PMs tentando uma vaga de deputado distrital, cinco de deputado federal e um de governador: o ex-tenente-coronel Alberto Fraga (DEM). Entre os policiais civis, são quatro postulantes à Câmara Legislativa do DF e um suplente de senador.

Profissões inusitadas
Entre as 214 profissões declaradas pelos candidatos à Justiça Eleitoral, aparecem ocupações pouco usuais na atividade política. Há, por exemplo, oito artistas de circo, como o Palhaço Pimpolho (PPL), no Alagoas; o Palhaço Churupita (PSB), no Espírito Santo; e o Palhaço Lero Lero (PSB), no Amazonas. Esse último, inclusive, fez um desabafo nas redes sociais contra o preconceito em relação à profissão.


Aparecem ainda na lista sete detetives particulares, oito modelos, um salva-vidas e cinco torneios mecânicos, um deles o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A lista completa das profissões declaradas pelos candidatos pode ser conferida aqui.

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