Em reunião com Lula, Leite pede alertas de emergência para celulares
Presidente Lula recebeu o governador Eduardo Leite no Planalto para tratar das ações do governo federal voltadas à tragédia no RS
atualizado
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O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), foi recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (27/9). Durante a reunião, os dois falaram sobre as medidas de enfrentamento à tragédia causada pelas chuvas no estado. Entre elas Leite pediu a implementação de um sistema de alerta para celulares.
Este foi o primeiro encontro dos dois para tratar da devastação em decorrência dos ciclones que mataram pelo menos 50 pessoas no Rio Grande do Sul. O chefe do Executivo estadual agradeceu a disponibilidade de Lula e dos demais ministros diante da calamidade.
“Pedi que seja implantado, prioritariamente no Rio Grande do Sul, um sistema de alertas nos celulares, que já funciona nos outros países, e que aqui no Brasil comece a ser testado um projeto piloto de alertas. Alertas que interrompem os celulares, não só mensagens de WhatsApp, mas interrompem os celulares em situações extremas, e que o RS seja priorizado”, declarou Leite à imprensa, após a reunião.
Segundo o governador, o estado ainda enfrentará pelo menos três meses de eventos climáticos intensos, e precisará de ajuda federal com medidas além da reconstrução do episódio recente. “O ponto objetivo é que a gente tem longos meses pela frente, uma primavera que deverá ser difícil em prognósticos climáticos”, explicou.
A reunião antecede uma viagem de ministros e da primeira-dama, Janja da Silva, para o Rio Grande do Sul nesta quinta-feira (28/9). Lula não viajará porque se prepara para ser submetido a uma cirurgia no quadril na sexta (29/9).
O governador confirmou que Janja estará na comitiva de ministros que viajarão ao estado, e negou qualquer incômodo com a ausência do presidente Lula nas visitas oficiais ao estado. “O presidente foi disponível conosco aqui, e isso para mim está ótimo”.
Resposta do governo federal
Lula estava em viagem internacional quando sua equipe de ministros foi ao Rio Grande do Sul duas vezes este mês; por isso, foi criticado por não ter visitado o estado presencialmente após a tragédia.
À época, o então presidente em exercício do Brasil, Geraldo Alckmin (PSB), foi ao RS e disse que o governo federal havia autorizado o empenho de R$ 741 milhões para socorro às vítimas da tragédia causada por um ciclone extratropical que destruiu dezenas de cidades no Vale do Taquari.
Após retornar da viagem à Índia, o mandatário fez uma reunião ministerial e anunciou outros R$ 1,6 bilhão em recursos para as vítimas.
Parte via linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para ajudar a recuperar a economia das cidades afetadas, e outros R$ 600 milhões por liberação do FGTS ao trabalhadores atingidos.