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Em Pequim, Fávaro chama manutenção da taxa de juros de “irresponsável”

Ministro da Agricultura, Fávaro encerrou visita à China em evento voltado para o comércio com o país, principal parceiro comercial do Brasil

atualizado

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Edilson Rodrigues/Agência Senado
Carlos Fávaro
1 de 1 Carlos Fávaro - Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

No encerramento da visita à China, nesta quarta-feira (29/3), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, reiterou as críticas do governo federal à manutenção das taxas de juros praticadas no país. Na visão do titular da pasta, a decisão do Banco Central de manter a Selic em 13,5% é “proibitiva” e “irresponsável”.

“A taxa de juros no Brasil está proibitiva. Temos inflação e gastos públicos controlados, estamos trabalhando por um novo marco fiscal e uma reforma tributária; portanto, os juros básicos da economia a 13,75% são proibitivos para aumentar as nossas oportunidades”, declarou o ministro.

“É frustrante abrir tantas oportunidades aqui na China e os empresários brasileiros não conseguirem pegar investimentos com juros dessa forma”, prosseguiu.

Fávaro é o único representante do primeiro escalão do governo no evento em Pequim, após o cancelamento da visita oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por motivos de saúde. Ele lidera a comitiva do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) ao país, acompanhado de outros empresários brasileiros.

Segundo Fávaro, os representantes do segmento precisam se posicionar. “É importante que se manifestem também. Se ficarem calados, certamente, o Banco Central pode continuar com essa taxa de juros irresponsável para o crescimento do Brasil”, finalizou.

Embate pelos juros

Na última quarta-feira (22/3), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu manter os juros básicos da economia brasileira em 13,75% ao ano, apesar das pressões do governo federal.

A Selic segue no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava em 13,75% ao ano. É a quinta reunião consecutiva em que o Copom não altera a taxa de juros – que permanece nesse nível desde agosto do ano passado.

A decisão do Copom sobre a taxa de juros vinha sendo muito aguardada pelo mercado financeiro e pelos agentes econômicos, em geral. Nos últimos dias, Lula e integrantes do governo voltaram a subir o tom contra o BC e cobraram a queda dos juros no país.

Na terça-feira (21/3), Lula classificou como “absurdo” o patamar atual da Selic. Nesta quarta, foi a vez de o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, dizer que o presidente do BC, Roberto Campos Neto, está prestando “um desserviço” ao país. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também tem criticado a manutenção dos juros em 13,75% ao ano.

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