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Em 2º pacote de indicações ao BC, Haddad antecipa nomes a Pacheco

Ministro Fernando Haddad adota estratégia diferente e procura senador antes de anúncio dos nomes. Perfis foram apresentados

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Ministro da Economia, Fernando Haddad, é entrevistado no estúdio do Metrópoles - Metrópoles
1 de 1 Ministro da Economia, Fernando Haddad, é entrevistado no estúdio do Metrópoles - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, levou ao presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), os dois próximos nomes escolhidos para a diretoria do Banco Central (BC). Ambos já receberam o aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a oficialização deverá ocorrer ainda nesta semana, segundo Haddad.

A procura por Pacheco antes do anúncio dos nomes é uma estratégia adotada nesse segundo pacote de indicações, ante a um desconforto causado em maio, quando o governo indicou os dois primeiros nomes à autoridade monetária e surpreendeu boa parte da classe política.

Na ocasião, o presidente do Senado só teria ficado sabendo dos nomes quando o anúncio foi feito à imprensa, o que teria causado desconforto. A Casa é a responsável por validar as indicações.

“Já comentei com ele (Pacheco) o perfil dos indicados, os nomes dos indicados. Fui tratar com ele desse assunto para ele não ficar sabendo pela imprensa os nomes que vão chegar e quando a mensagem vai chegar”, disse Haddad a jornalistas após reunião com Pacheco na residência oficial da Presidência do Senado, nessa segunda-feira (23/10).

Perfis

Conforme apurou o Metrópoles, um dos nomes é um servidor de carreira do BC, com mais de 20 anos de atuação no órgão. Outro é um professor “com grande experiência em inflação”. É de praxe que nessas indicações haja uma escolha mais técnica, oriunda, em geral, do quadro funcional do próprio Banco Central, e outra com um tom mais político.

O presidente da República oficializa as indicações via mensagem ao Congresso. Os indicados precisam passar por sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e, em seguida, por votação no plenário da Casa.

Caso aprovados, eles irão ocupar as vagas deixadas por Fernanda Guardado (Diretoria de Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos) e Mauricio Moura (Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta). Os dois mandatos se encerram no dia 31 de dezembro de 2023, mas o governo busca indicar os sucessores a tempo de serem aprovados pelo Senado até o fim deste ano.

Lula contará com 4 de 9 cadeiras no Copom

Com as novas indicações, que ainda terão de ser aprovadas pelo Congresso, o governo federal passará a contar, a partir de 2024, com quatro das nove cadeiras do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, que define a taxa básica de juros da economia, a Selic.

Neste ano, Lula indicou Gabriel Galípolo (ex-número de 2 de Haddad no Ministério da Fazenda) para a Diretoria de Política Monetária e Ailton de Aquino para a Diretoria de Fiscalização do BC. Desde agosto, eles participam das reuniões do Copom, atualmente presidido por Roberto Campos Neto.

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Indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Campos Neto tem protagonizado episódios de antagonismo com o Palácio do Planalto desde janeiro.

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