Padaria acusada de assédio eleitoral assina 1° acordo no DF
A empresa foi denunciada por demitir um funcionário que votou em um candidato oposto à escolha do empregador
atualizado
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O Ministério Público do Trabalho do Distrito Federal (MPT-DF) firmou, nesta quarta-feira (19/10), o primeiro Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) relacionado a assédio eleitoral nas eleições deste ano. O termo foi assinado por representantes de uma padaria localizada no Lago Norte, área nobre de Brasília.
A empresa foi denunciada por demitir um funcionário que diz ter votado em um candidato oposto à escolha do empregador. Durante audiência, o dono da padaria afirmou que “tudo não passou de um mal-entendido” e se comprometeu a se retratar com empregados que foram ameaçados ou dispensados por causa do voto.
O documento prevê a proibição de qualquer ameaça, promessa de benefícios financeiros ou orientações com o intuito de induzir, obrigar ou constranger empregados, terceirizados, estagiários e aprendizes a votarem ou não votarem em candidatos.
Além disso, a empresa deve afixar um cartaz sobre o tema no ambiente de trabalho até o final do período eleitoral. A multa em caso de descumprimento é de R$ 2 mil.
Ao Metrópoles, o dono da padaria negou que a demissão tenha ocorrido por razões políticas e, sim, por desempenho no trabalho. “Eu achava que era normal conversar com as pessoas sobre política. Agora, eu sei que não posso, então, já era. Acabou o assunto”, disse.