Gilmar Mendes pede que Anderson Torres esclareça ações da PF e da PRF

Ministros do STF e do TSE investigam a suposta utilização do uso das polícias para favorecer o atual presidente e candidato à reeleição

atualizado 29/10/2022 20:47

Presidente Jair Bolsonaro conversa com o ministro da justiça Anderson Torres, durante lançamento do novo documento no Palácio do Planalto Gustavo Moreno/Metrópoles

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes determinou, neste sábado (29/10), que o ministro da Justiça, Anderson Torres, preste esclarecimento em quatro horas sobre o uso da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em operações relacionadas às eleições às vésperas do segundo turno.

Mais cedo, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, já havia pedido que a PF e a PRF detalhassem as ações de combate a crimes eleitorais.

Torres publicou um vídeo, no período da manhã, em que ressalta ações de enfrentamento aos crimes eleitorais e a atuação das instituições às vésperas do pleito. “Ontem, já apreendemos quase 5 milhões de reais em dinheiro”, citou o ministro.

Na decisão do TSE, Alexandre de Moraes intimou o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal a prestar esclarecimentos e solicitou que a PRF, junto à Justiça Eleitoral, que “efetive as garantias necessárias do pleno transporte público aos eleitores”.

Já o diretor-geral da Polícia Federal foi intimado a informar com detalhes as apreensões noticiadas por Torres

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) apresentou ação em que aponta suposto “uso da máquina estatal claramente intensificado com o objetivo de causar prejuízos ao processo eleitoral”. Ao citar a publicação do ministro da Justiça, menciona também a replicação desta pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) “em claro movimento de escalada para forjar um fato político às vésperas do segundo turno das eleições”.

“Atualmente as instituições persecutórias encontram-se preocupantemente aparelhadas por correligionários do atual Presidente da República, sem qualquer independência de atuação, seguindo, em grande parte, apenas as ordens do atual Chefe do Poder Executivo”, destaca o documento.

A ação requisita que o Ministério da Justiça e os Órgãos Segurança Pública dos Estados “se abstenham de adotar quaisquer medidas que afetem a imparcialidade estatal e a higidez do processo eleitoral”, “sob pena de imposição das medidas administrativas, cíveis e penais cabíveis”.

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