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Forças Armadas negam ter solicitado “acesso diferenciado” às urnas

Militares defendem que atuação ocorre em conformidade com as resoluções do Tribunal Superior Eleitoral

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Fotografia de urna eleitoral - Metrópoles
1 de 1 Fotografia de urna eleitoral - Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O Ministério da Defesa negou, nesta segunda-feira (12/9), que teria solicitado permissão de “acesso diferenciado” em tempo real aos dados enviados para totalização dos votos pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), numa espécie de apuração paralela. Em nota, as Forças Armadas defendem que a atuação dos militares ocorre em conformidade com resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

A pasta afirma, ainda, que tem operado como uma das “entidades fiscalizadoras, legitimadas a participar das etapas do processo de fiscalização do sistema eletrônico de votação”.

“Cabe ressaltar que o Ministério da Defesa e as Forças Armadas não demandam exclusividade e tampouco protagonismo em nenhuma etapa ou procedimento da fiscalização do sistema eletrônico de votação e permanecerão pautando a sua atuação pela estrita observância da legalidade, pela realização de um trabalho técnico e pela colaboração com o TSE”, enfatizam os militares em nota.

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Entenda

A nota é uma resposta à matéria veiculada nesta segunda pelo jornal Folha de S.Paulo que informou que as Forças Armadas farão apuração paralela em tempo real com 385 urnas.

Segundo o jornal, a medida, inédita na história democrática brasileira, consistiria em levar militares a seções eleitorais espalhadas pelo país para tirar e enviar fotos do QR Code dos boletins de urna para o Comando de Defesa Cibernética do Exército, em Brasília, que faria um trabalho paralelo de contagem dos votos.

O resultado dos boletins de cada urna seria conferido com os dados enviados pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) para o TSE, que liberaria os arquivos brutos aos militares. No entanto, a Corte negou ter feito esse acordo com as Forças Armadas.

Diante de questionamentos lançados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre as urnas, os militares foram convidados pelos ministros do TSE para participar da Comissão de Transparência Eleitoral.

Bolsonaro tem usado a participação dos militares na fiscalização do pleito como forma de garantir que o processo eleitoral seja seguro e transparente, mas segue lançando dúvidas.

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