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Em Minas, Kalil dá “bolo” em Lula e PT decide dar tempo ao PSD

PSD força a candidatura de Alexandre Silveira ao Senado e o PT lançou Reginaldo Lopes. Lula adota paciência por apoio de ex-prefeito

atualizado

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O impasse em relação a disputa pela vaga ao Senado em Minas Gerais fez com que o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), deixasse de comparecer a um série de eventos para os quais foi convidado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato do PT à Presidência da República.

A busca, por parte de Lula, ao político do PSD, inaugura a estratégia de ampliação da candidatura petista para os partidos de centro-direita e a falta de acordo em Minas é o primeiro problema enfrentado pelo PT nessa empreitada.

O PT lançou o nome de Reginaldo Lopes à vaga ao Senado e até admite uma chapa com dois candidatos, contemplando o desejo do PSD de defender a candidatura do senador Alexandre Silveira, político que se prepara para assumir a liderança do governo de Jair Bolsonaro no Senado.

Já o PSD quer exclusividade e tem pressionado o PT a aceitar Silveira na chapa.

Lula quer o apoio de Kalil e vice-versa. Silveira, no entanto, tem o controle do partido no estado.

Recentemente, o próprio presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, chegou a admitir não apoiar nem Lula nem Bolsonaro e levar o apoio do partido à Ciro Gomes (PDT).

Para o PT, a possibilidade de apoio do PSD a Ciro significaria um rompimento de Kassab, visto que ele já teria comunicado à presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), sua intenção de liberar os diretórios estaduais da legenda para apoiar quem achar mais viável, respeitando a característica heterogênea da sigla.

Na segunda-feira, Kalil estava convidado para participar de ato da pré-campanha de Lula em Belo Horizonte, que lançou o nome de Reginaldo Lopes ao Senado. O ex-prefeito não compareceu. Ainda na noite de segunda-feira, haveria um jantar com o petista. Mais uma vez, Kalil foi ausência sentida pelo PT. O ex-prefeito também faltou a um almoço com Lula para o qual não compareceu.

Pelo twitter, ele chegou a ironizar o “bolo” que deu no ex-presidente: “Aqui em Minhas ninguém dá bolo em amigo. Normalmente, é café quente e pão de queijo”, descoversou.

“Cozinhar o galo”

“Dar o bolo”, em Minas, significa marcar e não comparecer a um encontro. Já o PT quer adotar outra estratégia para ainda tentar atrair Kalil para o apoio a Lula. A expressão usada em Minas como estratégia é “cozinhar o galo”, ou seja, dar tempo ao tempo para tentar fechar o acordo com o ex-presidente do clube Atlético Mineiro, conhecido como “galo”.

De acordo com petistas ouvidos pelo Metrópoles, a estratégia é deixar o tempo correr e apostar na consolidação do cenário de polarização das eleições.

“Quando a candidatura de Ciro se esfarelar, será mais fácil”, disse um petista.

“Esse asunto está sendo empurrado e será até ter condições de um acordo”, disse outro petista.

“Tudo isso é pressão para fazer o PT desistir de Reginaldo Lopes, o que não ocorrerá. Uma chapa com os dois candidatos, para nós, é o máximo que pode ocorrer”, complementou.

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