O presidente Jair Bolsonaro (PL) vai voltar a Juiz de Fora, Minas Gerais, na próxima terça-feira (16/8), no primeiro dia da campanha à reeleição. Segundo aliados mineiros envolvidos na agenda, a ideia é que o presidente seja recebido no aeroporto por volta das 11h e faça uma motociata até o local do evento, no Aeroclube de Juiz de Fora.
“O primeiro encontro de campanha com o #CapitãoDoPovo não tinha como ser em outro lugar! Onde ele nasceu de novo!”, diz peça divulgada pela equipe de campanha.
Esta será a segunda vez do mandatário na cidade desde que foi vítima de uma facada em 2018. Bolsonaro voltou a Juiz de Fora pela primeira vez em meados de julho deste ano, para participar de um culto evangélico, ocasião em que relembrou o atentado durante campanha eleitoral.
“Depois de quase quatro anos, eu retorno a Juiz de Fora. A maioria dos médicos que me viram naquele estado me disseram de cada 100 pessoas levaram aquela facada, um teria chance de sobreviver. Alguns acham que é sorte, eu acho que é a mão de Deus. Ou melhor, eu tenho certeza”, disse o presidente em 15 de julho.
Em vídeo divulgado pelo PL, Bolsonaro convida a militância para participar do evento “na cidade onde eu renasci”.
Também na próxima terça-feira, Bolsonaro é esperado na posse dos ministros Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandowski – que vão assumir, respectivamente, a presidência e a vice-presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A solenidade na Corte eleitoral está prevista para ocorrer em Brasília às 19h.
Ao receber o convite das mãos dos dois magistrados, no Palácio do Planalto, na última quarta-feira (10/8), Bolsonaro confirmou sua presença na cerimônia, segundo relatos obtidos pelo Metrópoles.
Diferença em MG diminuiu
Pesquisa de intenções de voto em Minas encomendada pela Genial Investimentos e realizada pela Quaest revelou que a diferença entre o petista Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente Jair Bolsonaro caiu nove pontos percentuais no estado – de 18 para nove. Hoje, Lula tem 42% das intenções de voto dos mineiros e Bolsonaro, 33%.
Em relação ao último levantamento, o petista caiu quatro pontos (de 46% para 42%), enquanto Bolsonaro cresceu cinco (28% para 33%). Os dados são do cenário estimulado, ou seja, quando os nomes dos candidatos são apresentados aos eleitores.
A facada
Ainda candidato ao Palácio do Planalto, Bolsonaro participava de um comício em Juiz de Fora, em 2018, quado foi esfaqueado na barriga por Adélio Bispo.
Apesar de a Polícia Federal (PF) apontar que não houve um mandante, o presidente insiste até hoje que as investigações não foram completas. A Justiça considerou o autor do crime inimputável em razão de doença mental.

Após ser esfaqueado na barriga por Adélio Bispo, durante encontro com apoiadores, em setembro de 2018, Bolsonaro já precisou passar por seis cirurgias - quatro relacionadas ao ataque - em menos de quatro anosRafaela Felicciano/Metrópoles

A primeira ocorreu em 6 de setembro, mesmo dia em que sofreu o atentado. Ele foi levado ao hospital às pressas para tratar lesões que a facada causou no intestino. Na ocasião, precisou colocar uma bolsa de colostomiaReprodução

Dois dias após a primeira cirurgia, Bolsonaro foi transferido para outro hospital e, em 12 de setembro de 2018, submetido a um segundo procedimento para desobstruir as paredes do intestino delgadoReprodução

Em 28 de janeiro de 2019, logo após tomar posso como presidente da República, Bolsonaro precisou realizar uma terceira cirurgia para retirar a bolsa de colostomia e reconstruir o trânsito intestinalReprodução/Twitter

No dia 8 de setembro de 2019, o presidente passou por outro procedimento para corrigir uma hérnia incisional no abdômen. O problema foi causado pelos diversos procedimentos decorrentes da facadaReprodução/Instagram

Em setembro de 2020, Bolsonaro realizou uma cistolitotripsia endoscópica para retirar um cálculo renal. Diferentemente dos outros procedimentos, esse foi menos invasivoRafaela Felicciano/ Metrópoles

No dia 3 de julho de 2021, o presidente foi submetido a mais uma cirurgia. Dessa vez, o procedimento foi para realizar um implante dentário. Dias depois, o presidente reclamou de estar com soluços constantes e chegou a ser internado, mas não precisou de nenhuma intervenção cirúrgica Fábio Vieira/Metrópoles