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Bolsonaro aciona TSE e pede que PT exclua vídeo sobre venezuelanas

Partido dos Trabalhadores divulgou uma inserção que questiona a fala de Bolsonaro. “Pintou um clima? Com uma garota de 14 anos?”

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
O presidente Bolsonaro em evento de apoio por parte de prefeitos à sua reeleição das eleições de 2022, no Planalto - Metrópoles
1 de 1 O presidente Bolsonaro em evento de apoio por parte de prefeitos à sua reeleição das eleições de 2022, no Planalto - Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, acionou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) neste domingo (16/10) contra o Partido dos Trabalhadores (PT). O mandatário pede que a sigla remova das redes sociais todos os vídeos sobre a polêmica entre Bolsonaro e adolescentes venezuelanas, e que sejam proibidas futuras postagens.

Em vídeo que viralizou, nesse sábado (15/10), Bolsonaro diz que “pintou um clima” entre ele jovens de 14 e 15 anos. Segundo o presidente, as garotas venezuelanas estariam supostamente se preparando para prostituição.

O caso ocorreu durante uma visita dele a São Sebastião, região administrativa do Distrito Federal, em 2021. Bolsonaro defende, no entanto, que a frase foi tirada de contexto pelo Partido dos Trabalhadores, e alega que o vídeo foi gravado para demonstrar sua “indignação” com o cenário.

Após a repercussão do vídeo nas redes sociais, o PT divulgou uma inserção que questiona a fala de Bolsonaro. “Pintou um clima? Com uma garota de 14 anos? É esse homem que diz defender a família?”, consta no material. Veja.

Na representação enviada ao TSE, a campanha de Bolsonaro alega propaganda eleitoral irregular e que o material está descontextualizado de forma “criminosa”. Além da exclusão do vídeo, a ação pede que sejam proibidas outras replicações das imagens, sob multa de R$ 500 mil para cada apresentação.

A campanha também solicita que qualquer referência ao vídeo seja retirada dos sites oficiais de Lula. “A coligação representada se vale de toda notável capilaridade nas redes sociais, com perfis diversos, para que o tema esteja na ordem do dia, sempre de forma descontextualizada e despida da possibilidade de os representantes prestarem os esclarecimentos cabíveis e necessário”, consta na ação.

A equipe acusa, ainda, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, de “ofender a honra” de Bolsonaro ao citar, nas redes sociais, a atuação de Lula contra pedofilia e compará-lo ao atual mandatário do país.

“A referida mensagem, a olhos desarmados, degrada a boa imagem do presidente Jair Messias Bolsonaro, ambicionando imputar, no seio do eleitorado, de forma absolutamente descontextualizada e vil, a (falsa) sensação de que ele seria ‘pedófilo'”, consta na representação.

Entenda o caso

Internautas viralizaram nas redes sociais, no sábado (15/10), uma declaração do presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, sobre jovens venezuelanas durante entrevista aos podcasts Paparazzi Rubro-Negro, Rica Perrone, Fernando Instaverde e Dieguinho Futebolaco Vasco, na sexta-feira (14/10).

“Eu estava em Brasília, na comunidade de São Sebastião, se não me engano, de moto. […] Parei a moto numa esquina, tirei o capacete e olhei umas menininhas, três ou quatro, bonitas. De 14, 15 anos. Arrumadinhas, num sábado, numa comunidade. Vi que eram meio parecidas. Pintou um clima, voltei. ‘Posso entrar na tua casa?’ Entrei”, descreveu Bolsonaro.

Em seguida, o presidente insinuou que as garotas venezuelanas estariam se prostituindo para sobreviver: “Tinha umas 15 a 20 meninas, num sábado de manhã, se arrumando. Todas venezuelanas. Eu pergunto: meninas bonitinhas, 14, 15 anos se arrumando no sábado. Pra quê? Ganhar a vida!”, exclamou. Veja:

Em live na madrugada deste domingo (16/10), Bolsonaro falou sobre o episódio. “Acabei de chegar de três grandes capitais (Bolsonaro cumpriu agenda no Nordeste nesse sábado). Durante o voo, fiquei sabendo de algo que me chocou. O PT ultrapassou todos os limites. Vinham falando há pouco barbaridades. Que eu sou canibal, que eu vou contratar um ex-presidente da República para confiscar a aposentadoria dos aposentados. Agora fizeram uma para ultrapassar todos os limites”, disse.

A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, rebateu e disse que o presidente “está sentindo o baque da fala criminosa”: “Para tentar se defender, Bolsonaro aumenta seus ataques mentirosos para cima de Lula e da nossa campanha. Fiquemos atentos”, escreveu no Twitter.

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