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Atlas/Intel: 76% estão otimistas sobre o Brasil nos próximos 6 meses

Pesquisa Atlas/Intel mostrou que, na atualidade, metade do eleitorado avalia o Brasil negativamente, contra 30% que aprovam

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Teste de integridade das urnas eletrônicas com biometria
1 de 1 Teste de integridade das urnas eletrônicas com biometria - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Na reta final do segundo turno, a pesquisa Atlas/Intel, divulgada nesta quinta-feira (27/10), mostrou que o eleitorado está mais otimista em relação aos próximos seis meses. De acordo com a consulta, 76% acreditam que a situação do país vai melhorar. O sentimento futuro é melhor do que o atual, em que 50% consideram que o país está ruim, contra 30% que avaliam positivamente.

Além disso, 75% e 77% avaliam que o emprego e as situações das famílias vão melhorar, respectivamente. Hoje, 49% do eleitorado considera que a situação do emprego está ruim, contra 29%. Diante disso, 38% enxergam que a situação das famílias está ruim, ante 33% que aprovam. 

De acordo com a consulta, 23,5% consideram que o maior problema do país na atualidade são a pobreza e a desigualdade. O percentual é seguido de corrupção (16,3%), criminalidade (12,6%) e inflação (10,8%).

A sensação de aumento do empobrecimento condiz com a necessidade de expansão do Auxílio Brasil, majorado em R$ 600. O benefício social atinge 2,2 milhões de famílias em situação de vulnerabilidade, o maior patamar da história dos programas de transferência de renda do governo federal. 

Em janeiro de 2020, o programa, ainda intitulado “Bolsa Família”, englobava 13,2 milhões de famílias. 

Indicadores e eleições

Porém, o otimismo futuro do eleitor contra a sensação de agora está atrelado aos bons indicadores e ao conturbado e incerto cenário eleitoral. Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disputam o segundo turno das eleições, em vias de decisão, em 30 de outubro. 

Apesar dos embates eleitorais, há melhora no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial. O índice de setembro registrou queda de 0,29% puxada pelos combustíveis, mantendo o ritmo de diminuição. Porém, o IPCA-15 de outubro, prévia da inflação, registrou alta de 0,16%. 

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada mais cedo, também mostrou resultado positivo, com a taxa de desocupação em queda, chegando a 8,7% no terceiro trimestre encerrado em setembro deste ano.

As dúvidas externas, eleitorais e sobre as questões fiscais brasileiras mantiveram a Selic “travada” em 13,75%, conforme decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC).

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