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Ao menos 18 candidatos LGBTI+ foram eleitos em 2022

O número é o dobro do último pleito, em 2018, quando nove candidaturas foram escolhidas. Mulheres e negras são maioria

atualizado

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Andre Borges/Esp. Metrópoles
Bandeira LGBT
1 de 1 Bandeira LGBT - Foto: Andre Borges/Esp. Metrópoles

As eleições desse domingo (2/10) ficaram marcadas pelo recorde de pessoas LGBTI+ eleitas. Foram ao menos 18 parlamentares em todo o Brasil, segundo levantamento da plataforma VoteLGBT. O número é o dobro do último pleito, em 2018, quando nove candidaturas foram escolhidas. Entre os vitoriosos, 16 são mulheres e, 14, negras.

A eleição trouxe conquistas históricas para a comunidade. Pela primeira vez, uma mulher trans e uma travesti vão ocupar uma cadeira na Câmara dos Deputados, com a vitória de Érika Hilton (PSol), em São Paulo, e Duda Salabert (PDT), em Minas Gerais. Outras duas candidaturas completarão a bancada LGBTI+ no Congresso: Daiana Santos (PCdoB), mulher lésbica eleita no Rio Grande do Sul, e Dandara (PT), bissexual e pedagoga de Minas Gerais.

Os outros 14 candidatos conquistaram vagas nas câmaras estaduais e distrital. No Distrito Federal, Fábio Félix (PSol) bateu o recorde de deputado mais votado da história da Câmara do DF, com 51.792 votos.

O mapeamento das candidaturas foi feito a partir da declaração dos postulantes na plataforma VoteLGBT. A organização já havia registrado número recorde de candidaturas neste ano: 317 contra 157 nomes da última eleição.

“O sucesso das LGBT+ nas urnas é um recado bastante expressivo da população brasileira, que precisa ser lido dentro de um contexto maior, em que os eleitores mostram que querem não só mandatos diversos, mas também representativos, das pautas LGBT+, feminista, antirracista e indígena. Elegemos mandatos LGBT+ que são capazes de representar essas distintas pautas”, diz Evorah Cardoso, integrante do VoteLGBT.

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