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Covas nega interesse eleitoral com programa de renda emergencial de Suplicy

Prefeito de São Paulo afirma que se tivesse interesse político mandaria o próprio projeto de auxílio municipal

atualizado

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1 de 1 agenda bruno covas eleicoes sao paulo 2020 1 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

São Paulo – O prefeito Bruno Covas (PSDB) negou, nesta quinta-feira (15/10), que tenha interesse eleitoral com apoio ao projeto de lei do vereador Eduardo Suplicy de uma “renda básica emergencial municipal”.

Em resposta a um apelo feito pelo petista no Twitter, o candidato à reeleição pediu, na quarta-feira (14/10), para que o presidente da Câmara Municipal, Eduardo Tuma (PSDB), colocasse a proposta em votação.

“Se eu tivesse interesse político, eu mandava o meu projeto. Esse projeto está sendo discutido há algum tempo e acho que a cidade pode complementar [a renda], em especial para aquelas pessoas que estão em situação de maior necessidade com a redução do auxílio do governo federal”, disse.

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Covas participou na manhã desta quinta-feira de uma missa em homenagem ao Dia do Professor, na Catedral da Sé. Depois, o prefeito visitou a residência da professora da EMEF Roquette Pinto Aldineia Siqueira de Lima e Almeida.

Ele voltou a afirmar que não vê nenhum problema com qualquer programa de transferência de renda, tanto que a prefeitura, diante da pandemia, disponibilizou recursos para famílias de alunos da rede municipal de ensino, que ficaram sem merenda, para a compra de alimentos com o fechamento das escolas.

“Mas a grande preocupação para o ano que vem é o emprego, é a volta do desenvolvimento econômico, que é a grande saída para a questão e dá dignidade para a população. Esse é o foco principal, mas a prefeitura e o poder público precisam ajudar aqueles em situação de maior necessidade”, afirmou.

O programa emergencial proposto por Suplicy prevê o pagamento de R$ 100 mensais, por três meses, para membros de famílias beneficiadas pelo Bolsa Família e ambulantes inscritos no programa “Tô Legal”.

Segundo o vereador, 1,7 milhão de pessoas teriam acesso ao programa, o que representaria um custo de R$ 510 milhões nesses três meses. Os recursos viriam de fundos municipais que tiveram as receitas desvinculadas para serem usadas em caráter emergencial durante a pandemia.

A criação de um “auxílio paulistano”, que serviria como um complemento ao valor pago pelo governo federal, é uma das principais propostas de Celso Russomanno (Republicanos). Segundo o candidato, que diz ter o apoio do presidente Jair Bolsonaro nas eleições, os recursos viriam com a renegociação da cidade com União.

O débito já foi renegociado pela gestão Fernando Haddad (PT) e vem sendo pago em dia pela gestão de Covas.

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