metropoles.com

Em São Paulo, França propõe “Plano Márcio” para zerar filas na saúde

Candidato do PSB à Prefeitura da maior cidade do país propõe diminuir gastos com cargos comissionados e cobrar dívidas

atualizado

Compartilhar notícia

São Paulo – Em visita a Unidade Básica de Saúde (UBS) Elisa Maria, na Zona Norte de São Paulo, nesta quarta-feira (14/10), o candidato a prefeito Márcio França (PSB) propôs seu “Plano Márcio” – remetendo ao Plano Marshall de recuperação dos Estados Unidos no pós-guerra. A iniciativa consiste em recuperar postos de saúde e contratar médicos temporariamente em regime de plantão, num mutirão constante, até zerar a fila de consultas e cirurgias.

Segundo o candidato, os recursos do Plano Márcio viriam da diminuição em 99% de gastos com cargos de comissão de livre provimento e do saldo das contas de convênios passados com organizações sociais. “Isso daria um total de R$ 2,5 bilhões”, calcula França.

0

Além da saúde, o Plano Márcio também financiaria pequenos comerciantes afetados pela pandemia do coronavírus e criaria frentes de trabalho para desempregados. A promessa foi anunciada após a visita do socialista à UBS Elisa Maria, que sofreu um incêndio em fevereiro e ainda não foi recuperada, forçando moradores da zona norte a serem atendidos em um local improvisado.

Antes da pandemia de coronavírus, segundo dados da Prefeitura Municipal de São Paulo, 1,3 milhão de paulistanos aguardavam por uma consulta, exame ou cirurgia. Os trabalhos tiveram que ser pausados entre março e maio de 2020, agravando a situação.

Para França, com os recursos utilizados para levantar hospitais de campanha temporários durante a pandemia, a prefeitura poderia ter investido em uma unidade com endereço definitivo na zona norte.

Segundo pesquisa Datafolha, de quinta-feira (08/10), Márcio França aparece em quarto lugar na preferência do paulistano, com 8% das intenções de voto, quase empatado com Guilherme Boulos (PSol), no limite da margem de erro de três pontos percentuais.

Compartilhar notícia