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Haddad sobre apoio de Fernando Henrique: “Ele está em uma saia justa”

Em entrevista ao SBT, petista diz que tem antiga relação com o tucano e compreende sua situação devido as disputas do PSDB nos estados

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Fernando Haddad – entrevista ao Metrópoles
1 de 1 Fernando Haddad – entrevista ao Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Em entrevista ao SBT, nesta quarta-feira (17/10), o candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, ao ser questionado sobre o posicionamento do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no segundo turno disse que ele está em uma “saia justa”. Esta condição se dá, de acordo com o petista, devido as disputas que o PSDB ainda trava nos estados, principalmente em São Paulo, com João Doria, declarado apoiador de Jair Bolsonaro (PSL), concorrendo com o socialista Marcio França (PSB).

“Fernando Henrique Cardoso está em uma saia justa. Alguns candidatos aos governos dos estados não me apoiam. Não diria que ele é meu amigo, mas é uma pessoa com a qual eu mantenho uma relação muito antiga e que tem uma posição bastante respeitosa em relação a mim. Isso é recíproco”, comentou o petista que elogiou a postura do tucano.

No final de semana passado, o ex-presidente disse em entrevista que teria um “muro” em relação a Bolsonaro e uma “porta” em relação a Haddad. Para o candidato do PT, esta postura reflete a recusa em apoiar uma candidatura sem lastro democrático, como a de Bolsonaro.

“Então, todos aqueles de boa fé, que lutaram pela redemocratização do país, que lutaram contra a ditadura e, sobretudo, contra a tortura, nós estamos tentando reunir. Muitos ministros de Fernando Henrique estão me apoiando”, enfatizou o petista, que citou como exemplo o jurista José Carlos Dias.

Manifesto
Dias assina o manifesto com mais mil outros juristas no qual dizem que o petista é o único “capaz de garantir a continuidade do regime democrático e dos direitos que lhe são inerentes”. O documento deve ser entregue a Haddad nesta quinta-feira (18/10), em São Paulo.

Além dele, estão Alberto Toron, advogado de Aécio Neves (PSDB); Belisário dos Santos Júnior, que foi secretário de Justiça no governo de Mário Covas (PSDB) em São Paulo; e Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, advogado conhecido defensor de empresários e políticos citados na Operação Lava Jato.

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